O32. elle

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Ansiedade

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Ansiedade. Ansiedade, já é uma grande merda, porém, fica ainda pior quando o cara que você possivelmente estava curtindo e que roubou a sua gata, diz coisas que soam como uma declaração.

Não saber lidar com o que sinto, sempre foi algo que me perseguiu. Não saber demonstrar, é pior ainda. E, não consegui ter uma reação melhor do que mandar o Vinnie ir embora.

Eu sei… cada pedacinho meu sabe que não era aquilo que eu realmente queria dizer. Sim, eu queria mesmo agarrar-se em seu pescoço, entrelaçar minhas pernas na sua cintura e beijar os seus lábios, e, deixar o mesmo me tomar para si.

É uma grande merda não poder fazer o que realmente quer por conta dos erros da outra pessoa.

Eu odeio o Vinnie por ele ter uma atitude tão idiota e acabar com o que estávamos tendo. Não era nada demais, mas ainda sim, eu estava adorando todo o tempo que passávamos juntos.

Só de pensar no Hacker e no que saiu de seus lábios, meu coração acelera, o corpo treme e a minha respiração falha. Não me recordo a última vez que um homem me causou esses sintomas, e eu odeio isso.

Que inferno, Hacker. Você não tinha o direito de dizer aquelas coisas.

Termino de vestir uma roupa apropriada e saio do apartamento, trancando-o. Desço as escadas até o primeiro andar e toco a campainha do cento e três, que foi aberta uns três minutos depois.

— Boa tarde, Elle. — a senhora de cabelos escuros fala sorrindo. — Eu te pago quando eu voltar. — conclui e eu assenti, sorridente.

Ela sempre me liga pra eu vir buscar o pagamento.

É, para me manter, me disponibilizei para faxinar os apartamentos desse prédio.

A senhora Hale, me deu as chaves de sua casa e saiu para trabalhar. Entrei, observando cada cantinho do apartamento e suspirei aliviada por não estar tão sujo.

nem todos moradores são como o Hacker.

Além de estar exausta por ter acabado de sair da faculdade, ainda estou sem comer. São quase duas da tarde e a única coisa que eu comi, foi um sanduíche antes de ir pra aula.

Coloco os meus fones e ponho pra tocar a minha playlist, no aleatório.

Não sei porque, mas sempre que arrumo a casa escutando música, parece que concluo mais rápido que o normal.

mas que bom…

Cinco pras três horas da tarde… Dou uma última conferida antes de trancar a sua porta e seguir para o duzentos e um.

— Senhor Norton. — falo sorrindo, mas sem nenhuma felicidade esboçada.

O senhorzinho, de cabelos grisalhos, sorriu e me cumprimentou com um abraço, pedindo-me para entrar.

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