[7] o incidente ⚠️

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O nosso colégio ia jogar contra outro em um campeonato de basquete. 

Em um dia, aconteceria uma jogada decisiva onde o time campeão representaria toda nossa escola contra o time que representaria a outra adversária.

Como eu e Hans já esperávamos, nosso time perdeu para os fanfarrões. Fomos vaiados, xingados, sacaneados de toda e qualquer maneira que você possa imaginar. Pelo menos Caleb estava feliz. E que merda eu pensar assim. Que merda eu gostar logo dele. Gostar de vê-lo feliz sendo essa pessoa tão babaca comigo do jeito que ele é. 

— Vocês são um bando de perdedores! Fracos demais! 

Ele gritava para nós, dentre vários outros insultos. 

Mas por mim estava tudo bem. Eu havia me acostumado com isso e estava feliz que, pelo menos, ele parecia estar melhor daqueles problemas horríveis que vinha passando. 

— Droga... — Hans resmungava enquanto chutava o chão.

Obviamente eu e ele ficamos muito chateados por não jogarmos no time do campeonato. Eu sempre quis jogar contra alguma outra escola, seja no basquete ou no tênis, mas infelizmente não foi minha vez. Pelo menos não agora, né? Quem sabe no futuro...

O time deles estava tão elétrico que Caleb foi levantado e adorado pela multidão, principalmente por ter feito a maior parte dos pontos. 

Obviamente ele estava muito alegre com isso. Estava adorando chamar a atenção, ser respeitado, ser elogiado. 

Em casa, eu estava muito cabisbaixo pra comer alguma coisa.

— Pelo menos o purê de batata que eu fiz? — meu pai Harry tentou me convencer.

— Não, pai. Amanhã eu tomo café da manhã, não esquenta. Eu vou indo me deitar, tá bom? — caminhei até a escada.

— Espera, filho. Você sabe que pode me contar qualquer coisa, não é?

— Sei. 

— Se não quiser, tudo bem também, é só pra frisar que...

— Foi o jogo de basquete hoje, aquilo que te contei.

— Eu imaginava, filho. 

— Mas olha... — meu pai Scott entrou na conversa, vindo da cozinha com o prato vazio. — Você sempre pode tentar de novo, de novo e de novo. O importante é não desistir. 

— Eu sei. Obrigado. 

— A gente continua orgulhoso de você ainda assim, meu filho, sabemos que deu o seu melhor. — meu pai Harry sorriu.

— E não importa o quê, você sempre vai ser o melhor jogador de basquete pra mim. — meu pai Scott riu e bagunçou o meu cabelo.

— Para, pai. — soltei um riso frouxo e afastei sua mão do meu cabelo. — Eu sei, obrigado, eu amo vocês. 

— Também te amo. — falaram em uníssono de uma forma até que engraçada. 

— Boa noite, preciso descansar agora. Estou exausto.

Subi as escadas e apaguei assim que deitei na cama. 

No dia seguinte, na escola, Chrissie se aproximou de mim e de Hans durante a hora da saída.

— Meninos, vocês não vão acreditar! 

— O que, bem? — Hans arregalou os olhos, curioso.

— Meu time vai ser a equipe de torcida no jogo de basquete! — ela riu e deu uns pulinhos, animadíssima.

— Nossa, Chrissie, que ótimo! — sorri.

Quando o amor é pra sempre: A história de Gael (Romance Gay)Where stories live. Discover now