Quando o amor é pra sempre: A história de Gael (Romance Gay)

[13] entre o bem e o mal 😇😈

Naquela noite, eu não havia conseguido dormir bem.

Desde o momento em que eu deitei, fiquei rolando na cama e não conseguia pegar no sono. Meu coração acelerado denunciava o quanto eu gostava mais e mais de Caleb a cada dia que passava. 

Mas minha ansiedade também era por outro motivo.

O que Caleb havia me contado sobre o seu pai e a morte de seu irmãozinho ainda me perturbava.

Eu não poderia imaginar tanto sofrimento, dor e saudade em toda essa história.

Peguei meu celular e decidi pesquisar notícias sobre isso. Como a cidade de Arcata era pequena, era bem capaz de eu conseguir achar alguma coisa facilmente. 

Mas como eu ia achar isso?

Bom, vamos tentar pelo nome da família primeiro. 

O sobrenome de Caleb era Dallas. Caleb Dallas. 

Pesquisei então por "Dallas" e filtrei a pesquisa por notícias. Não demorou muito e lá estava aquela manchete que fazia meu estômago embrulhar. 

"Criança morre de overdose ao ingerir drogas que o pai guardava em casa".

Criando coragem, cliquei na matéria e a li. Era exatamente como Caleb havia contado pra mim. Ele havia aparecido em uma foto abraçando o irmão. Ele era tão lindo quanto Caleb. Tão triste tudo o que aconteceu...

O pai havia sido preso na época e a notícia acabava assim, então, pesquisei alguma mais recente. 

Encontrei mais uma notícia dizendo que ele conseguiu ser solto após pagarem sua fiança. 

Eu não imagino como ainda foi permitido que Caleb e seu outro irmão mais velho ainda morassem sob o mesmo teto que o pai, que inclusive, pelo o que tudo indica, continua mexendo com drogas. 

Eu mal podia imaginar como era o clima de estar naquela casa. Jamais poderia ser chamada de lar. 

Decidi deixar o celular de lado e tentar dormir de vez. Com o tempo, eu consegui.

No dia seguinte, desci as escadas pela manhã ouvindo meu pai Scott falar no telefone.

— Bom dia. — sorri e beijei a bochecha dele e depois a do meu pai Harry.

— Bom dia.

— É alguém que eu conheço no telefone?

— É sim, a irmã do seu pai, sua tia Nathalia. 

— Deixa eu falar com ela depois, pai? —  o pedi.

Meu pai acenou com a cabeça positivamente. 

— Seu sanduíche de bacon com ovos já tá pronto. — meu pai Harry avisou.

— Obrigado pelo mimo, pai. — sorri e me sentei na mesa junto a eles.

— E aí, como foi ontem? Mal deu tempo da gente se falar ontem à noite.

— Ah, pai, nada demais. — dei uma mordida no sanduíche. —  Foi muito divertido, mas nada de diferente, a não ser...

— A não ser?

— Passamos perto da casa do Caleb e tive a ideia de convidá-lo pra ir no circo com a gente.

— O Caleb é aquele garoto que você insistiu em dizer que não era seu amigo?

— E ele não é!

— Mas ele foi com vocês, então?

— Ele aceitou e foi sim.