Capítulo 2

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Dias atuais...

                           Aurora

Acabei de chegar em casa, estou exausta do trabalho, mas não posso reclamar pois é com esse emprego que eu vou consegui o dinheiro para comprar o meu cantinho.

Faz um mês que eu completei dezoito anos, agora eu posso sair dessa casa, eu só preciso juntar mais um pouco de grana para que eu consiga comprar um cantinho para mim, em outra comunidade, pois quanto mais longe eu estiver da minha mãe e do meu padrasto, melhor.

Aproveito que eles não estão em casa, preparo logo o meu jantar e subo para o meu quarto, para tomar um banho.

Coloco para tocar no meu celular, a música " Good Vibe " do Filipe Ret, e começo a tomar banho enquanto canto.

- Viciante tipo a droga mais pura
Mistura de fofura com putaria na cara dura
Questão de honra te quebrar na cama
Te deixar nua de corpo e alma
Não é marra, é postura

- Nossa vibe 'tá sempre no alto
Tem bala, tem doce, tem álcool
Sobe na garupa
Vamo' lá pra Barra
Desfaz essa cara
Nós contra todo mundo
E o nosso trem não para


Finalizo o meu banho e saio do banheiro, visto uma roupa simples já que não pretendo sair mais, hoje.

Vou para a cozinha, coloco a minha janta e começo a comer.

Em seguida começo a lavar as coisas que sujei. Estava guardando a comida que sobrou, quando ouvir a porta da frente sendo aberta.

Roberto: Preparou o que para eu comer, sua imprestável! - Pergunta entrando na cozinha -

Aurora: Você tem duas mãos e eu não sua empregada. - Passo por ele indo para o meu quarto -

Roberto: Quero saber em quem você tá se confiando.- Ouço ele gritar -

Era só o que me faltava ter que aturar esse nojento! Entro para o meu quarto e encosto a porta, ja que não tenho como trancar, pois a fechadura está com defeito.

Minha mãe deve está em algum bar por ai, se drogando e enchendo a cara de cachaça, como sempre.

Pego o meu livro no criado-mudo e começo a lê, o livro que estou lendo se chama " O lado feio do amor " estou fascinada com esse livro e confesso que amo todas as obras dessa autora.

Não demora muito para que eu comece a senti sono, irei dormir feliz, já que amanhã é sábado e eu não trabalho.

Tiro os óculos que uso para leitura e me ajeito na cama, adormecendo em seguida.

Dia seguinte...

Estava dormindo, quando senti duas mãos passando pelo meu corpo, abri os olhos assustada e me deparei com o Roberto na minha cama, passando aquelas mãos nojentas em mim.

Aurora: Tira essas mãos imundas de mim, seu nojento. - Empurro ele e tento levantar, porém ele é mais forte -

Roberto: Fica quieta sua piranha, eu vou fazer o que eu ja devia ter feito a muito tempo. - Ele começa a rasgar a minha roupa - Tive que esperar esses anos todos, até você completar dezoito anos, acho que ja ta na hora de você saber o que é um homem e eu vou ser o primeiro.

Aurora: PARA COM ISSO, SEU MONSTRO! - Eu gritava enquanto me debatia contra ele -

Roberto: Fica quieta, vagabunda.
- Acertou um tapa no meu rosto - Prometo pegar leve.- Falou com aquela voz nojenta -

Eu olhei por todo o canto daquele quarto e parei os meus olhos no abajur que estava ao lado da minha cama, em um movimento rápido eu consegui pega-lo e acertei na cabeça dele.

Assim que ele caiu desmaiado, eu peguei o abajur acertando mais uma vez na sua cabeça.

Peguei uma mochila e comecei a jogar todas as minhas roupas dentro, peguei algumas economias que eu tinha guardadas, troquei de roupa e saí rápido de casa.

Assim que cheguei na entrada do morro, me bateu o despero, pois eu não tenho para onde ir, mas eu tenho que sair o mais rápido possível desse lugar.

Lembrei de uma pessoa que pode me ajudar, tentei ligar para ela, porém não estava atendendo.

Não vejo outra opção a não ser ir até lá.

Caminho até o ponto de ónibus e pego o que vai para a Rocinha.

[...]

Acabei de chegar na entrada do morro, ja avistei vários homens armados fazendo a segurança.

Respiro fundo e sigo em diante para tentar passar, porém sou impedida por um homem.

Xxx: Tá pensando que vai para onde, patricinha? Para entrar aqui tem que ter permissão.

Aurora: Eu...eu.. - Travo de tão nervosa que estou -

Xxx: Para de gaguejar, porra e fala logo o que tu veio fazer aqui. - Grita e eu me assusto -

Xxx: Qual foi aí, rato, precisa dessa ignorância toda, caralho! - Ouço outro homem falar -

Rato: A mina toda fresca, pô.

Xxx: Mete o pé daqui, que eu resolvo. - O outro se afasta - Diz aí mina, ta procurando quem?

Aurora: Eu preciso ver a Lorena ela é moradora daqui.- Falo para ele -

Xxx: A mulher do mano TH? - Eu confirmo - Já é, só vou bater o rádio aqui para o chefe e te levo lá.

Eu apenas concordo e fico aguardando ele falar com o chefe, pelo radinho.

Xxx: Aí patricinha, o chefe ta vindo aí, espera ele chegar para liberar tua entrada.

Aurora: Aurora, meu nome é Aurora e eu não sou patricinha! - Ele rir -

Xxx: Mas tem cara de patricinha, AURORA. - Da ênfase no meu nome - Pode me chamar de Matador.

Eu não falo mais nada, apenas fico aguardando o tal chefe chegar.


💛Olá meus amores💛

Peço que vocês votem e comentem o que estão achando.

Até o próximo capítulo💖

Minha Perdição  - livro II - Triologia MorrosWhere stories live. Discover now