O Sr.Martins, acaba de se mudar para o apartamento 321° do vigésimo andar, acompanhado da sua filha Dinah de nove anos de idade.
O apartamento do lado de dentro, não era nada deslumbrante e nem parecia nada ajeitado. As pinturas todas desbotadas, soltando a próxima tinta da parede, que foi utilizada um verde marinho para pintar todo o apartamento do vigésimo andar.
— Não se preocupe com a pintura. — Começou a dizer um homem de meio idade, magro, mas tão magro que parece que não tinha comida para se alimentar.
— Ah... — Começa o Sr.Martins dizer. — Faz muito tempo que foi a primeira reforma. — Olha para sua filha Dinah.
Dinah está com seus olhos – castanho escuro – arregalados, olhando para o apartamento todo acabado e sente um leve calafrio no seu corpo.
— papai...
— O que foi filha? — Pergunta o Sr.Martins, para Dinah.
— Vamos embora daqui... — Fala Dinah, puxa a seu pai pelo braço, tentando fazer ela se mexer.
— Por que está querendo ir embora daqui? — Pergunta o Sr.Martins, se ajoelha para ver sua filha nos olhos.
Dinah fica olhando para seu pai ali na sua frente, e tenta pensar como falar que está se sentindo mal por estarem ali. Ela olha para o homem com a aparência toda magra e vê seus olhos ficarem todos negros. A menina dá um passo para trás.
— O que foi Dinah ?! — Pergunta o Sr.Martins, sem entender a reação da sua filha.
Dinah apenas aponta seu dedo indicador para frente do seu pai.
O Sr.Martins fica sem entender o que sua filha quis dizer com a mão esticada, apontando para sua direção. Ele olha para sua própria roupa e não vê absolutamente nada e olha para trás. Estava o homem que está apresentando o apartamento para ele parado em pé.
— Dinah... Não tem nada, pare com isso! — Fala a seu pai sério.
O Sr. Martins se levanta, já que sua filha só estava brincando, era típico coisa de criança de fazer.
— Aqui está a chave do apartamento 321, Sr. Martins. — Fala o homem entrando a chave para ele.
Ele pega a chave envergonhado pela cena da sua filha ter ficado desse jeito.
— Obrigado! Qual é mesmo seu nome? — Pergunta o Sr.Martins.
— Pode me chamar de Albert, sou responsável daqui desse apartamento! Qualquer coisa que acontecer pode me chamar! Até logo Sr.Martins — Fala homem acessando com a cabeça, antes de distanciar olha para menina. — Até Dinah...
Quando fica de costa andando para fora do apartamento, seus olhos ficaram todo negro novamente, que acaba sorrindo.
— Papai, tem coisa de errada aqui, vamos embora... — Exclama Dinah, que não tira os olhos nas paredes desbotadas do apartamento.
ESTÁ A LER
Sussuros de terror
HorrorNo silêncio da madrugada, todas as criaturas estão acordadas, sai por aí em busca de algum humano ou até mesmo durante o dia acaba se revelando. Nenhum humano está livre dos sussurros de terror! Não adianta gritar! Ninguém poderá te ajudar. Contos...