A origem de tudo

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Me chamo Izabella Ashby Torrance, atualmente tenho 18 anos e vivo no Brasil com minha prima Marianna Scott Grayson. Fomos forçadas a vir para cá para completar a droga do treinamento, meu pai Damon sempre foi muito rígido quando se trata deste assunto. Afinal, carregar o nome Torrance nas costas é uma grande responsabilidade, segundo ele tenho que estar a altura.

Sempre me entreguei cem por cento, seja na escola ou no treino, nunca o decepcionei, sempre fui muito focada no que nasci para fazer. 

Assim como a dele minha mira era perfeita, minha parte favorita do dia era quando saíamos para treinar juntos, ele era meu tudo, minha inspiração...

Até ele me mandar embora para Brasil. Eu implorei por dias, prometi a ele que treinaria todos os dias e me esforçaria mais ainda, faria de tudo para que ele não fizesse isso, mas não adiantou. Segundo ele, eu precisava passar por isso para amadurecer e ser capaz de enfrentar o que estava por vir. É uma tradição de família, passamos 5 anos em um país distante treinando duro e melhorando nossas habilidades, deixando de lado nossos sentimentos e agindo totalmente na razão, nos tornando frios e calculistas.

Pelo menos era isso que ele esperava.

Não abandonei o treinamento até porque é uma motivação para mim, mas estando em um país diferente com pessoas diferentes, e uma língua diferente o treinamento deixou de ser o meu foco total. Tive que aprender a me virar, buscar uma maneira de lidar com os problemas, incluindo os mentais, estava com ódio do meu pai, ele era tudo para mim e de repente me abandonou. Passei dias só chorando, estava assustada e completamente perdida, mas tive que superar e digamos que me sai bem, com a ajuda da minha prima lógico, nos tornamos melhores amigas, era até estranho dizer que ela era minha prima, pois a considerava como irmã, ainda mais com tudo isso acontecendo e ela estando do meu lado sempre.

Com o tempo veio a parte boa, não tínhamos mais ninguém para nos controlar, podíamos tomar nossas próprias decisões com liberdade, o que resultou em muita festa e bebida. Tínhamos por volta dos 14 quando começamos a tacar o fodasse. Nossa vida já estava estabilizada, então só nos restava aproveitar o que estava a nosso alcance, mas logicamente não sai fazendo tudo o que vinha na minha cabeça, até porque eu que iria arcar com as consequências dos meus atos. Vivendo sozinha tive que aprender a ter responsabilidade e cuidar de mim.

Tenho consciência dos meus atos, não sai igual uma louca usando droga e dormindo com todo cara que vi pela frente, e não foi por falta de oportunidade ou por falta de vontade. Estaria mentindo se dissesse que nunca pensei em fazer ou quase cedi, mas apesar de ser treinada a minha vida inteira e sempre escutar que teria que deixar meus sentimentos de lado, eu me considero uma pessoa sensível. Afinal ainda sou humana não sou uma máquina, tenho só 18 anos e já aconteceu tanta coisa na minha vida que me assusta as vezes.

Não queria piorar as coisas ainda mais por um pouco de droga ou prazer. Lutei muito para estabilizar as coisas e conseguir seguir em frente.

Já teve dias de eu querer ter uma vida normal. Via as meninas da escola fazendo festa de aniversário, tirando foto com os pais e amigas e só conseguia pensar em uma coisa...

quando deixei minha casa deixei isso também.

Em L.A eu vivia com muitas pessoas na mesma casa, era uma bagunça mas eu amava. Tinha a minha mãe Winter, meu pai, aí vinham Will, Kai, Michael, Erika, Banks, Emory, Madden e Misha, todos nós na mesma casa, um ajudando o outro ou atrapalhando.  Cada um tinha seu canto mas geralmente ficávamos todos juntos rindo e conversando. Eu era mais próxima do Misha e do Madden, eles não eram tão mais velhos que eu, mas me criaram e ajudaram em tudo.

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