Capítulo 3: Convivência e Hospital

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Jão narrando-

Bom, já faz umas semanas ( 1 mês e 3 semanas prara ser mais exato) que eu estou nesse pute- perdão, na casa do Pedro. Bom, a convivência não é de todo mal, a gente só se vê de manhã na hora do café já que eu acordo junto com ele.
Pedro passa o dia na empresa, quando ele chega eu normalmente estou no meu quarto. E na maioria das vezes Pedro chegava com alguma prostituta(o) ou alguma vezes com a secretaria dele, e transam ate sei lá que horas. Ja faz tempo que eu não sei oque é uma boa noite de sono. Bom, pelo menos assim ele não me enchia o saco né?
Hoje eu acordei mais cedo que o normal, fiz as minhas higienes pessoais e tomei um banho, coloquei uma blusa branca e continuei com o short do pijama, ja que não tinha planos de sair de casa. Assim eu desci para tomar meu café.
Chego na cozinha e vejo que não tem nada pronto, aí lembrei que Rafaela ainda estava de folga, então decidir somente fazer um cappuccino na máquina.
Assim que ficou pronto me sentei na mesa e comecei a beber. Fico pensando na minha família e na dona Clara, lembrei do dia em que eu a conheci. Eu estava na praça com os meus amigos fazendo bagunça como sempre, avistei a mesma e não pude deixar de encarar ela, em um determinado momento eu comecei a conversar com a mesma. E ela com toda a certeza depois dos meus pais foi a pessoa que mais me apoiou no meu sonho de ser músico, tanto que eu cantava as minhas músicas para ela quando ia a visitar, sinto muita falta dela. Como é possível uma mulher tão doce, educada e amável como ela ter uma filho como o Pedro? E mesmo eu vendo pouquíssimo o pai dele, vejo que ele também não é igual ao Pedro, bom pelo menos ele é educado, bom eles são totalmente diferentes do filho.
Logo eu escuto passos na escada, bom deve ser o Pedro com alguma pessoa, decido continuar no meu lugar, não quero dar a ele esse gostinho de sair só para deixar ele com a amante, vou mostrar que isso não me afeta, até porque não afeta, né?
Jão off-

Pedro narrando-

Acordo e vejo que já estava um pouco tarde provavelmente perdi o café com o João, olhei ao redor e não vi ninguém lá oque é estranho, podia ter certeza de que estava acompanhado de 2 garotos, mais ok.
Me levanto na maior calma do mundo até que escuto um grito alto seguido de um gemido de dor no andar de baixo, decido descer para ver oque estava acontecendo mais antes coloquei uma calça moletom antes, não ia descer pelado também né.
Assim que chego na cozinha vejo o João encolhido no chão enquanto os dois garotos que estavam comigo tacavam coisas de vidro no meu suposto marido. Ok, oque está acontecendo aqui!?
- Alguém pode me explicar oque está acontecendo aqui?- digo em alto e bom som vendo os meninos se assustarem

- Pedro! - um deles grita e vem na minhas direção- O seu marido é um maluco! Ele teve uma crise horrível de ciúmes e partiu pra cima da gente não é Marcos!?

- Sim Pedro! Carlos está certo- ah então esse é o nome deles, mais isso não importa agora, tenho que acabar com isso. Eles começaram a falar juntos, no caso gritar enquanto o João estava abaixado chorando ainda, ninguém merece logo cedo

- Ok! Chega, paro! Vocês acham mesmo que eu vou acreditar nisso!? O João está pouco se fudendo pra mim! Ele não liga para nada, novamente NADA disso. E vocês acham mesmo que eu vou mesmo acreditar que ele partiu para cima de vocês!? Ele está encolhido no chão chorando que nem um bebê, tem vidro em volta dele e ele está cheio de cortes!

- Aí Pedro para! Ele é um dramático, olha só- fala e taca a jarra de cristal que segurava na cabeça de João, ok agora eu perdi a paciência, quem eles pensam que são!?

- Para! Chega vocês dois vão embora- falo abrindo caminho e me aproximando do João passando a mão pelo rosto do mesmo

- Mais Pedro- eles tentam falar mais eu corto antes mesmo de qualquer coisa

- Eu ja disse para vocês irem embora que inferno!- grito assustando eles, logo eles saíram de lá. Finalmente só eu e o João.
Começo a olhar como ele estava, o mesmo não parava de chorar e ele estava com cortes por varias partes do corpo, provavelmente causados pelos meninos.

- Ei Jão fica calmo, eu vou pegar a sua bolsa e te levar pro hospital tá bom!? Fica aí, não saia daí tá bom!? Ta bom!- Eu estava totalmente desesperado! E se alguma coisa acontecer com ele!
Subo correndo para o quarto dele, pego a bolsa que estava com os do documentos dele, passo no meu quarto pego a chave do meu carro e uma blusa. Desço para cozinha o mais rápido possível.
- Ei calma vai ficar tudo bem, eu prometo- o mesmo estava tremendo muito, pego ele no colo e o levo até o carro, coloco cinto de segurança nele, dou a volta e entro para o levar até o hospital.
Estava correndo feito louco pela rua, provavelmente levei umas 3 multas, mais ok eu tenho dinheiro para pagar.
Chegamos no hospital, eu paro o carro de qualquer jeito, tiro o cinto, pego a bolsa do João e a coloco no meu ombro depois pego ele no colo novamente no estilo noiva e entro com ele no hospital.
- Socorro me ajuda! - chego gritando para chamar atenção

- Olá oque aconteceu com ele?- perguntou uma enfermeira

- É- droga não pensei nisso- acidente doméstico, vários copos e jarras de vidro caíram nele

- Ah, ok- ela sai correndo para pegar uma cadeira de rodas, coloco e mesmo nela, e outro enfermeiro o leva para longe de mim

- Para onde estão levando ele!?-pergunto tentando seguir mais a moça não deixou

- Fique calmo senhor, eu entendo que você está com preocupado, mais estamos levando ele para fazer uma avaliação dos cortes, para sabermos se precisará de pontos, fique calmo. Mais agora eu preciso que você assine as coisa dele para mim- Sigo ela, assim que termino de assinar os papeis de João, me levantei arrumei o carro no estacionamento, voltei para lá, me sentei e esperei para me chamarem. Ou alguma coisa assim
- Acompanhante do senhor João Vitor?- nessa hora eu me levantei tão rápido que a minha pressão ate caiu

- Oi!? Sou eu

- Ah sim, percebi. Bom, o Senhor João está com vários cortes, ele irá precisar de alguns pontos, um na bochecha, outro na testa e um na parte de cima da cabeça.- vai ficar parecendo aqueles bonecos de guerra- eu tenho que perguntar o convênio dele não cobre o nosso hospital, o Senhor gostaria de fazer a transferência?

- Oque!? Não claro que não eu vou tratar dele aqui mesmo

- Olha, eu entendo que o Senhor queira o melhor para ele, mais o nosso hospital é um hospital de Luxo, e o tratamento é muitíssimo caro, e se o Senhor não pagar pode ficar com o nome sujo você sabe né?- Como é!? Ela está insinuando que eu não tenho dinheiro!?

- Ah pronto, era só oque me faltava. Minha querido eu sou o Pedro Augusto Tófani Fernandes Palhares! Eu posso comprar esse hospital se eu quiser!

- Pedro Tófani- a mesma parece supresa- já ouvir falar do senhor, acredito que podemos ter um ótimo final de semana- pronto, realmente era só oque me faltava. Ela começou a se aproximar e a passar à mão no meu peito- oque o Senhor acha?

- Oque eu acho!? Eu acho que se você não for falar agora mesmo com o médico que pode iniciar o tratamento no MEU MARIDO eu acabo com a sua carreira antes mesmo dela começar, oque acha!?- daria tudo para ver a reação dela de novo, ela ficou pálida e saiu correndo, provavelmente para alertar o médico. Finalmente!
Me sento novamente na cadeira, logo eu percebo oque eu havia feito.... Droga, eu gritei provavelmente pro hospital todo que ele é o " meu marido" de uma forma tão possessiva.
Solto um gemido de frustração, eu estou tão mais tão ferrado.

Maybe Our Possible Love | PejãoWhere stories live. Discover now