Capítulo 12: Américo Brasiliense

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Pedro narrando-

Assim que eu acordo, vejo que o Jão ainda estava dormindo. Logo eu esculto três batidas na porta e em seguida vejo a cabeça do meu pai por trás dela

- Oi- escuto ele falando baixinho entrando no quarto- como ele tá?- ele me pergunta se referindo ao Jão

- Ah, ele ta bem né- falo o olhando- até porque não é a primeira vez que o Sampaio tenta fazer alguma coisa com ele- falo com uma voz triste- mais pelo menos agora ele deve estar mais calmo sabendo que isso nunca mais vai acontecer, até porque o Sampaio está preso

- Sim- meu pai se senta na beira da cama- mais porque você nunca me disse nada?

- Você tava com a mamãe la em Américo Brasiliense, e eu não queria preocupar você- falo o olhando- e se você ficasse preocupado e a mamãe visse, ela ia perguntar para você, e você sempre conta tudo para ela, e ela considera o Jão um filho e ela também ia ficar preocupada e nervosa, e isso poderia piorar ela. Então preferi deixar quieto. Você entende né?- falo e o vejo acender em positivo

- Sabe- ele abaixa o olhar- vocês deviam ir para lá- ele fala muito baixo, mas mesmo assim eu consegui entender- sabe lá é mais tranquilo, e pode ser bom para distrair a cabeça do Jão também

- Ah, pai não sei, eu assumi a empresa a uns 2 meses e 3 semanas, eu não acho que seja legal eu pegar ferias logo agora, os funcionários vão começar a me achar folgado, eu não sei- falo o olhando

- Mais vai ser bom para o João distrair a cabeça, ver a família e os amigos, você me entende né?-ele pergunta me olhando

- Não sei pai, eu vou falar com ele- vejo o meu pai fazer um "sim" com a cabeça, logo ele sai do quarto me deixando sozinho com o Jão de novo.

Pouco tempo depois o Jão acordou com a cara amassada e inchada por chorar muito. Ele levanta a cabeça me olhando e eu o olho de volta

- Oi- ele fala baixinho e volta a abraçar o meu peito desnudo porque eu havia tirado a blusa suja de sangue

- Oi- falo rindo e o abraçando mais ainda contra o meu peito e ele levanta o olhar me olhando, eu evito perguntar, mais eu acho necessário saber como ele tá, mais não o quero fazer pensar nisso agora

- O seu pai ainda ta aqui?- ele pergunta baixo

- Tá, sim, por quê?- pergunto o olhando

- Talvez depois de tudo aquilo eu esteja com vergonha de olhar para ele- ele fala escondendo o rosto no meu pescoço

- Vergonha do quê?- pergunto passando a cabeça pelos cabelos dele

- Eu não fiz nada Pepe- ele fala e logo suspira- e-eu fui fraco- ele começa a gaguejar

- Ei!- falo passando a minha mão na cara dele e fazendo ele me olhar- você não foi fraco Jão!- ele logo abaixa o olhar- olha para mim- falo abaixando um pouco a minha cabeça encostando nossas testas- Você a pessoa mais forte que eu conheço!- logo os nossos olhares se encontram- Você aturou isso por três vezes com a cabeça erguida, mais teve um momento de fraqueza vida! Isso é totalmente aceitável

- Mais e se o seu pai- eu o corto antes dele terminar de falar

- O meu pai te acha incrível João! Ele te acha forte, e você é!- eu dou um beijinho de esquimó nele- vai dar tudo certo, eu te prometo. Você acredita em mim?- ele acena em positivo

- Acredito- ele fala dando uma leve risada

- O meu pai perguntou se você não queria ir para Américo Brasiliense- pergunto e o vejo me olhar com uma cara de surpreso- sabe, para distrair a mente e tals

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