Capítulo 5: Amigos?

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Pedro narrando-

Após chegarmos em casa Jão sobe direto para o quarto
- Mais que merda hein- falo e me dirijo para a dispensa onde tem produtos de limpeza e peguei uma vassoura e uma pá para limpar os cacos de vidro que ainda estavam no chão.
Após terminar e jogar tudo no lixo, caminho até a cozinha para comer alguma coisa. Pego uma tigela e coloco cereal com leite, me direciono até a sala, me sento no sofá e coloco Barbie Moda e Magia para assistir. Jogo uma manta em cima da minha perna começando a comer e a assistir ao filme.

Quando eu termino de comer levo a tigela para pia e aí a minha ficha cai que o João ainda não havia comido nada, problema é dele, caso ele esteja com fome ele que desça para fazer alguma coisa para comer né? Em algum momento não percebível por mim eu já estava colocando cereal e leite em uma tigela para o João

- Ah que maravilha, quer saber? Já estou aqui mesmo, não mata eu fazer isso jeito que ele gosta- jogo o cereal anterior com leite fora. Curiosidade sobre o João pt2: de manhã o Jão gosta de comer cereal sem leite com morango, mirtilo e amora e beber um suco. Tenho que parar de reparar tanto assim nele mais convenhamos que é impossível não admirar e reparar tanto no Jão.

Coloco o cereal em outro pote com as frutas por cima, vou na geladeira pego um maracujá para fazer um suco para ele, vai que acalme os nervos dele e ele não taque a bandeja em mim né?
Termino tudo, coloco em uma bandeja de madeira, passo na sala para deligar a TV e subo as escadas indo em direção ao quarto do Sr. Raivinha. Logo estava na frente da porta do quarto dele, pensando se eu abriria ela sem permissão ou se eu batia esperando a boa vontade dele abrir.

- Pronto, nessa altura do campeonato eu, um homem já crescido sentimento medo de abrir uma porta pela segunda vez ao dia. Bom, vamos lá- falo bem baixinho somente para eu mesmo ouvir. Logo bato 3 vezes na porta e espero a boa vontade dele abrir.

Em seguida ele abre uma fresta da porta colocando uma parte do corpo para fora, me olhando nos olhos

- O que você quer Pedro- ele pergunta com uma voz cansada

- Eu...er eu- droga por que eu estou tão nervoso na presença dele? Fique calmo Pedro, você consegue- Eu trouxe o seu café da manhã- falo estendendo a bandeja

- Eu não como cereal com leite- fala tentando entrar no quarto novamente e fechar a porta, mais eu coloco o pé na porta o impedindo-o de fechá-la

- Eu sei, eu notei isso de manhã enquanto presto atenção em você, também sei que você não come porque simplesmente não gosta da "mistura", e sempre coloca as mesmas frutas, no caso: morango, mirtilo e amora. E você faz isso porque gosta da " forma em que o doce do cereal se mistura com o acido e o amargo das frutas"- fala fazendo aspas com a mão enquanto tenta imitar a voz de Jão- sim fora tudo eu também presto atenção em cada silaba que você fala com a empregada- falava tudo com os olhos fechados e quando a minha ficha finalmente cai que eu me expos totalmente de graça para o João que me olhava com os olhos arregalados e a boca em um perfeito "o". Eu juro que eu vou me jogar, nunca mais vou ter coragem para olhar na cara dele de novo

-Eu...olha- ele tenta formular uma frase mais não conseguia, e assim ele demora muito para falar alguma coisa. E logo ele solta uma risada com um sorriso torto o qual eu amei- você presta tanta atenção assim em mim e nas minhas conversas?
- Vai querer ou não vai João Vitor?!- falo levantando a bandeja na altura do peito- eu fiz até suco para você

-Valeu...- ele queria falar alguma coisa mais desistiu e eu continuei lá esperando- você quer mais alguma coisa?

- Eu...eu só- travo tento concluir a frase- gostaria de saber se você gostaria de alguma coisa, porque você sabe, tem que ficar de "repouso" e nesse meio tempo...bom você entendeu né? Quer que eu pare com alguma coisa também mania etc. Eu faço qualquer coisa

- Bom... eu duvido que você vá aceitar mais eu gostaria que você parasse de trazer pessoas para cá passar a noite, faz um tempo em que eu não durmo bem por causa dos... "barulhos". Mais eu sei que você não vai aceitar ent-

- Tudo bem, eu prometo nunca mais trazer ninguém para cá e nunca mais te trair enquanto estivermos casados- ele me olha com um sorriso fofo- mas você também não vai poder trazer ninguém para cá e não poderá ficar com mais ninguém, justo ne? - falo com um sorriso de canto

- Você não está fazendo esse trato todo por puros ciúmes do Enrique não ne?

- Eu?! Jamais- falo sorrindo com ele – Trato feito J.J-estendo a mão e logo ele aperta e me olha com uma cara assustado

- JJ? Por quê?

- Porque sim, todo mundo tem um apelido para você e eu também quero ter não posso?

- Claro que pode...Pepe

- Ah tá Pepe- pior que o "JãoJão" do Enrique
- Melhor que JJ- COMO É!?

- Nunca- falo entrando no quarto do mesmo que só ficou me olhando mais não disse nada, somente soltou uma risadinha e entrou logo atras de mim colocando a bandeja na cabeceira se sentando na cadeira que havia lá e eu olhei a cama arrumadinha dele e não resistir em bagunçar ela, então logo me joguei

- Abusado você né? Ninguém te chamou para entrar aqui e ainda sim se joga na minha cama e bagunça ela toda- fala me olhando com uma cara de bravo

- Ah para vai- logo começamos a conversar, e quem via nem pensava que a gente se "odiava".
Por mais que eu tenha ficado preocupado com ele, se ele não tivesse ido parar no pronto socorro não estaríamos tão próximos, tanto que eu comi o cereal que tinha feito para ele e detalhe: Ele estava certo, a mistura é realmente incrível.

Nesse momento estava deitado com ele na cama assistindo " A Bela e a Fera" que segundo ele era um dos melhores filmes das princesas, mais em alguma momento que eu não lembro ao exato ele simplesmente dormiu agarrado com um travesseiro.

- Tão fofo, quem vê nem pensa que tentou me matar no hospital com várias coisas de vidro e depois falou que queria jogar um trem mim- penso e logo eu solto um sorriso e me seguro muito para não mexer no cabelo dele desligo a TV e cubro o mesmo, logo pego a bandeja e saiu do quarto deixando a porta aberta, já que agora ele poderia dormir com tranquilidade sem nenhum som de gemido atrapalhando-o.

Maybe Our Possible Love | PejãoWhere stories live. Discover now