Típica Mulher Brasileira - Gabriel Martinelli

75.

Capítulo novo

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75.

Point View Of Maria Julia

Não acontece nada demais ao longo do dia. Eu so encontrei meu irmão é aproveitei para dizer que iria para Niterói no dia seguinte. Ele achou estranho eu querer sair da ilha, mas deixou.

Não era como se eu tivesse indo embora, eu só queria ficar sozinha com Gabriel, longe, só nós dois. Poder ouvir ele sem me preocupar.

No dia seguinte eu acordei cedo, Martinelli fez o mesmo, nós pegamos nossas coisas e voltamos para o Rio com o barco normal que ia e vinha todos os dias ao invés do iate que Lucas alugou.

Como era cerca de 6 da manhã, nós chegamos era quase oito. De lá fomos deixar nossas coisas no apartamento de Lucas que Gabriel tinha a chave e então depois pegamos um táxi para atravesse a ponte Rio-Niteroi, ali foi mais cerca de uma hora.

-Pra onde vamos? -Gabriel perguntou.

-Tem um lugar chamado Fortaleza de Santa Cruz -Sai o puxando- Da pra ir andando...

-Voce conhece cada canto do Rio não é possível -Ele foi me seguindo.

-Nao, mas Lucas sempre fez questão de me apresentar os melhores lugares, acho que por isso o Rio e o meu lugar -Falei.

Nós fomos andando em silêncio, o lugar não era nada demais, apenas um rochedo que tinha um tipo de caminho para o pão de açúcar. Eu puxei Gabriel para se sentar em uma das rochas, ele assim fez, eu sentei ao seu lado e encostei em seu ombro.

-Aqui deveria estar mais movimentado -Falei baixinho.

-Prefiro assim -Ele passou o braço por cima de mim- Maju.. você quer fazer isso dar certo?

-Me desculpa -Eu falei- Eu falei que ainda não tinha total controle sobre mim, no aniversário das crianças, eu disse que você nunca teve paciência comigo... Paciência foi a coisa que você mais teve.

-Voce não tava totalmente errada, eu poderia ter tido mais.

-Nao, não poderia -O encarei- Você foi incrível Gabriel.

-Nao tô acostumado com você assim -Ele foi sincero- É estranho...

-Se quiser eu te mando pra puta que pariu agora mesmo -Falei ele riu.

-Talvez eu goste de você Maria Julia -Ele cruzou os braços- O que você vai fazer com isso?

-Nao sei, posso arquivar a informação?

-Nao.. -Ele segurou meu rosto- Eu não quero te ver longe de mim, amanhã a noite eu volto para Londres, você para Paris, eu não quero.

-Eu já disse, não vou largar nada em Paris para voltar pra Londres -Fui sincera.

-E se eu rescindir meu contrato com o Arsenal e ir para Paris, o que você faria?

-Eu meteria dois socão na sua cara, você foi campeão ano passado, foi a porra do melhor jogador... Eu não deixaria você ferrar tudo assim.

-O que nós vamos fazer?

-Voce quer ter filhos? -Perguntei, ele me olhou.

-Nao foge do assunto.

-Me responde -Falei.

-Sim, três... Pelo menos um menino. Mas, acho que tô começando a descartar isso.

-Jura por que?

-Voce não quer ter filhos, não vou te forçar a isso -Ele me olhou.

-Caralho, o que te faz pensar que vamos ficar juntos? A ponto de ter algo tão sólido para pensar no futuro.

-Se nós não pudéssemos ficar juntos você já tinha ido embora -Ele sorriu- Ou não?

-Nao, eu sempre gostei de irritar pessoas.

-Eu sei, oh se eu sei -Ele se aproximou- Eu tive que deixar de ouvir pagode, Isabella odiava.

-Pecado...

-Voce não faz ideia -Ele se aproximou ainda mais, eu sentia sua respiração em meu rosto- Eu sei viver com pouca grana, sem status pouco luxo, sem internet celular sem pão francês...

-meu idioma é português com muito orgulho brasileiro -Murmurei, ele estava muito perto- Viajo o mundo mesmo sem falar inglês...

-Mas eu não sei viver sem você -Ele falou baixinho- Eu assumo totalmente que eu não sei...

Eu ri e então ele me beijou, sabe quando tudo encaixa? Ele usou uma mão para segurar meu pescoço, a outra minha cintura, eu segurei seus braços. A língua de Gabriel invadiu minha boca, eu fiz o mesmo com ele, o aperto em minha cintura se intensificou, ele se afastou chupando meus lábios, puxou ar e então me beijou denovo.

-Maria Julia -Ele murmurou.

-Oi?

Ele riu e me deu um selinho, depois beijou meu queixo, depois meu pescoço e deixou sua cabeça ali, na curvatura do mesmo.

-Onde nós vamos almoçar? -Ele perguntou, eu ri fraco, Martinelli não existia.

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Espero que estejam gostando. Até o próximo