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Eu estranhamente achei esse capítulo lindo. Espero que gostem.

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83.

1 semana depois.

Point view of Gabriel Martinelli

-Ah você vai comigo sim -Falei- Anda, arruma suas coisas vamos a noite.

Maria Julia me olhou com um bico enorme e eu cruzei os braços. Eu tinha conseguido uma semana de folga do time e iria para SP visitar minha família, eu iria levar Maria Julia comigo, e nesse momento eu tentava a convencer a arrumar as malas.

-Vamos lá, nós conversamos e eu expliquei que iria te levar pra São Paulo -Falei.

-Eu não tenho sanidade para passar uma semana em SP -Ela balançou as pernas feito uma criança birrenta.

-Ah Maria Julia, eu tive que ir pro Rio ouvir o povo falando vai buscar ele na escola -Falei imitando sotaque carioca- Por que você não pode ir para SP uma semaninha comigo ouvir um porta porteira e portão?

-Nao -Ela cruzou os braços.

-Sim -Falei- Levanta nós vamos no Lucas arrumar suas coisas o vôo é agora a noite!

-Gabriel -Ela choramingou

-Anda -Fui até ela pegando sua mão e a fazendo levantar- São Paulo, passear com seu jogador de futebol favorito.

-Seu nome é Vinícius Júnior agora? -Ela falou enquanto eu a empurrava para fora de minha casa.

-Na hora que o Vini te foder metade do que eu te fodo a gente começa a conversar -Eu fechei a porta e fui em direção ao meu carro, Maria Julia ficou com as bochechas rosadinhas eu ri- Sustenta teus B.O Maria Julia.

-Ih garoto -Ela me seguiu, nós entramos no carro- O que eu ganho indo para SP? No rio você se divertiu horrores.

-Voce ganha minha companhia, e uns pontos turísticos da hora -Falei ligando o carro e o tirando da garagem- Resolveu ir?

-Nao tenho escolha, quero conhecer a Neo Química, é visitar o Allianz também....

-Palmeiras e Corinthians? Tú não é flamenguista?

-QUERO CONHECER A NEO QUÍMICA E O ALLIANZ -Ela falou alto.

-TA -Falei no mesmo tom- Mais alguma coisa?

-No momento não, mas eu vou pensar -Ela falou eu ri, pelo menos já tinha conseguido fazer ela ir.

Eu queria muito que meus pais conhecessem Maria Julia, essa viagem era mais pra isso do que para visitar a família na verdade. Eu só contei com a sorte de levar ela ou não. Eu não pretendia dizer para ela que queria a apresentar como minha namorada para meus pais, conhecendo Maria Julia ela ia gritar comigo, depois ia chorar, e em seguida ia se esconder na casa de Lucas.

Então eu tomaria atitudes nada bonitas, eu omitiria esse pequeno fato e deixaria Maju achando que era apenas um passeio normal, como foi para mim no Rio.

Nós chegamos na casa de Lucas, onde Maria Julia ainda estava. Lucas não estava, provavelmente estaria treinando, a mãe de Duda estava com as crianças na sala, Maju passou reto, eu fiz o mesmo. Fomos até o quarto da garota.

Ela começou a arrumar as malas, me perguntava se precisava de roupas de frio, ou de biquíni, roupas chiques ou simples.

-Ih, o que é isso aqui? -Me levantei indo até a gaveta que ela mexia, era calcinhas peguei uma vermelha minúscula- Por que eu nunca vi essa?

-Por que nos transamos no máximo seis vezes -Ela tirou a calcinha da minha mão- E na maioria das vezes você nunca prestou atenção na minha calcinha.

-A da nossa primeira vez era branca, a de dois dias atrás era azul -Cruzei os braços ela jogou a cabeça para trás.

-O que minha calcinha tem haver com isso? Me deixa.

-Pô quero te ver com esse projeto de pano Maria Julia -Mordi o lábio devagar- Deve ficar gostosa....

-Toma senso menino -Ela guardou- Sou tuas putas não. Ali oh, fecha minha mala.

Eu peguei a calcinha e corri até a mala enfiando a peça ali dentro, Maria Julia resmungou mas não falou nada.

-Vou mandar mensagem pro Luquinhas explicando a viagem, vou avisar Duda também -Maju se sentou na cama digitando a mensagem para o irmão.

Eu me aproximei de Maju, a abracei e em seguida beijei seu pescoço, minhas mãos passearam por sua cintura e desceu por suas coxas. Maju suspirou, com cuidado eu afastei suas pernas e tentei a tocar, mas o short jeans colado não permitiu muito.

-Para -Ela bloqueou o celular e se levantou- Em casa a gente conversa.

Eu ri, mas minha atenção foi ao em casa, ela já considerava minha casa a casa dela, eu gostava disso, eu queria isso. É isso me fez pensar que não demoraria muito a Maju aceitar finalmente morar comigo.

-Pega minha mala, vamos descer quero brincar um pouquinho com as crianças.

Eu concordei, descemos, Maju conversou com Duda e depois foi brincar com os sobrinhos. Eu fiquei ali apenas observando, eu gostava tanto de ver Maju com Bê e Pippo.

Quando eu e Isa namorava nossos planos era ter uma caralhada de filho, eu de verdade sempre quis ter um só, um menino, mas se fosse para ter mais eu aceitava no máximo três. Mas Maju era diferente, eu já tinha entendido que ela não queria filhos. Só que ver ela com os sobrinhos me fazia ir longe, me fazia pensar em um garotinho moreno, com cachinhos igual Maju e meu sorriso correndo por aí e chutando uma bola pela casa enquanto Maria Julia xingava, era inevitável.

-Quer um balde para a baba? -Duda riu se sentando ao meu lado.

-Tá engraçadinha igual o Paquetá viu -Reclamei.

-Sim -Ela riu- Cuida da Maju em SP viu, principalmente tenha paciência..

-Eu sei, eu já ouvi esse discurso -Falei baixo- Eu sei lidar com a minha mulher, Duda.

Duda me encarou, um sorriso surgiu em seus lábios mas ela se calou. Eu percebi que Maju nunca iria sair dali.

-Maria Julia, vamos embora -Me levantei a garota fez um bico mas se levantou, beijou horrores os sobrinhos e se despediu de Duda.

Então nós saímos, era quase duas da tarde provavelmente não teria tempo para despedir de Lucas nosso vôo era as oito da noite, ele deveria chegar tarde do treino.

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O que acharam? Gostaram? O final tá se aproximando viu. Até o próximo.

Típica Mulher Brasileira - Gabriel MartinelliOnde as histórias ganham vida. Descobre agora