Como num filme

Felizes para sempre

Aqui começa o nosso felizes para sempre...

Pov Katherine

De repente tudo parece diferente, talvez eu esteja enxergando um pouco de esperança. É como se tivesse uma música em meu ouvido falando que vai ficar tudo bem. E eu confesso que as vezes não entendo o que se passa em minha mente, mas pela primeira vez em muito tempo eu me sinto bem.

— O que tanto admira aqui? — Jason me abraça por trás.

— Você sabia que a luz das estrelas para chegar até nós, ela passa por várias camadas de ar em movimento na atmosfera terrestre. E em cada uma dessas etapas, a luz é desviada, dando a impressão que elas estão piscando? — Digo enquanto admiro o céu estralado de Londres.

— Não fazia ideia — ele fica um pouco em silêncio tentando ver elas piscando — olha — ele aponta para o céu — uma estrela cadente. Faz um pedido.

— Não é necessário, já tenho tudo que preciso. E você sabe que é apenas uma rocha que se soltou de um asteroide ou cometa. E ela só brilha assim, porque ao se aproximar e entrar na atmosfera, ela aqueceu por causa do atrito com o ar, por isso o brilho.

— Se não tivemos um futuro lindo e feliz a culpa é sua por ter feito um jovem deixar de acreditar em estrelas cadentes — começo a rir com seu comentário.

— Perdão, eu juro que vou fazer de tudo para você não me culpa pelo resto da vida, caso isso não aconteça.

— Acho bom, então é melhor irmos se arrumar. Vou ser seu acompanhante no baile.

Olhando ele bem a minha frente, semicerrei os olhos, tentando encontrar qualquer sinal que o universo poderia me mandar para me dizer o que fazer agora, ou explicar o que está acontecendo. Foram três anos longe. Como é possível me sentir como uma adolescente apaixonada só em está perto dele novamente?

— Meu sonho sempre foi participar de um Baile Hastings. Eu até cheguei a participar, mas como garçonete.

— Você já trabalhou para minha tia?

— Não exatamente, eu estava fazendo um extra para ajudar em casa. Mas não tive muito sucesso, eu sou muito desastrada para servir taças de champanhe para uma multidão.

— O que aconteceu?

— Esbarrei em um garoto e derrubei tudo então me dispensaram.

— Não acredito, em qual ano foi? O mundo é muito pequeno, eu participei todos os anos.

— Não sei exatamente, só que foi um baile de máscaras — ele me olha como estivesse lembrando de algo — que foi.

— Não vai me dizer que esse cara estava usando uma máscara preta igual dos dançarinos e um all star velho porque tinha chegado atrasado e bem apressado para não estragar uma apresentação de meses de ensaio?

— Você está me zoando? Era você? — Ele assente — sério que você me fez ser demitida duas vezes, do mesmo jeito? — Pergunto chocada.

— Eu fui bem babaca mesmo, desculpa não ter voltado para ajudar. Minha tia iria me matar se não aparecesse naquela pista de dança imediatamente.

— Parece que o destino quis nos unir de todos os jeitos — sorrio.

Ele fica me encarando em silêncio durante alguns segundos. Ele se inclina para frente e gesticula para que eu me aproxime. Continua segurando minha mão, e sinto seu polegar roçar leve no meu. Ele se inclina ainda mais para frente até sua boca se aproximar do meu ouvido.