Capítulo 12

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Ao todo, Kara não tinha dominado totalmente o fogo da outonal, segundos depois de seu cabelo voltar a coloração ruivo avermelhado, seu corpo passou a esquentar em pequenos intervalos.

Mas, ela ainda insistiu em terminar os cupcakes e Rhysand não conseguiu contrariar aquela enorme força de vontade. Então, ele se limitou a umedecer panos em água gelada, limpando o suor que brilhava em sua testa e em outros lugares do corpo.

Kara agradecia internamente, mas, por fora seu rosto não era nada mais que uma vermelhidão de vergonha. Pelo menos Rhysand não conseguia perceber o quão tímida ela ficava a cada vez que ele esfregava o pano úmido e relaxante em seu corpo.

No fim, quando terminaram o trabalho, ela estava exausta e quente demais, se esforçando para continuar sorrindo quando só queria mesmo era se afundar em uma banheira com água transbordando.

- Vejo você amanhã, senhorita - disse Rhysand, ele limpava a sujeira em seus dedos.

Kara sorriu, limpando o suor com as costas de sua mão direita.

- Sim, vou esperar por isso. - Virou-se costas e caminhou para o escuro corredor que daria o quarto que ocupava.

Quando foi engolida pela escuridão, ela sabia que Rhysand ainda estava no final daquele corredor a olhando. Kara sorriu suavemente, tocando as próprias bochechas doloridas.

- Boa noite, Rhys.

E dessa vez, ela entrou no quarto sem olhar para trás.

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Ela encolheu o corpo, seu rosto se retorcendo em uma careta quando os lençóis macios foram puxados de suas mãos.

Kara enfiou a cabeça em baixo do travesseiro, encolhendo as pernas expostas perto de seus braços, fazendo com que sua camisola se levantasse o suficiente para mostrar mais do que apenas seu par de pernas.

- Sem calcinha, senhorita? - a voz era risonha.

Ela pulou na cama se sentando, puxando a camisola para baixo, uma careta de constrangimento no rosto já ruborizado.

Ele viu a minha bunda e...

- Ah, eu vi mesmo - ele ronronou.

Kara apoiou ambas as mãos no rosto, um gemido de completa vergonha e sono mais do que pesado saindo de sua boca, ela parecia uma garotinha resmungando naquela enorme cama.

- Rhys... Por que tão cedo? - Kara choramingou.

E por favor... Poderia apagar a imagem da minha bunda sem calcinha da sua mente?

Rhysand riu alto, afastando ainda mais os lençóis quando Kara tentou os pegar e voltar a dormir. Ela sabia que ele ouviria, claro, Rhysand sempre ouvia quando ela queria.

- É uma vista impressionante, terei que me esforçar para apagar isso da minha mente.

- Isso não é justo - resmunga.

- Realmente, não é justo que eu tenha tido o prazer dessa vista e você não viu nada. - Um sorriso felino cresceu em seu rosto.

Rhyssnd ainda tinha seu sorriso cínico quando começou a tirar o cinto de sua calça, abrindo a braguilha. Para o azar de Kara, ela escondeu o rosto com as mãos e Rhysand parou.

- Já esqueci, não se preocupe.

Que maldita mentira. Ele mesmo pensou.

- O que você quer? - Kara pergunta, esticando os braços e as pernas, dessa vez tomando o cuidado certo para não expor toda sua bunda.

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