crazy with c

2K 132 60
                                    

Maya BernardiLondres, U

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Maya Bernardi
Londres, U.K.

Se contassem para mim apenas cinquenta por cento das coisas que aconteceriam e estão acontecendo comigo nos últimos sete dias com certeza eu riria. Riria muito até a barriga doer.

Um ensaio de fotos, meu rosto estampado por cada propaganda pela cidade, uma festa cheia de modelos famosas, flashes sob mim e uma it girl que eu costumava ver nas passarelas representado das marcas mais luxuosas e famosas do mundo da moda deitada no meu ombro direito.

Bárbara fecha os olhos, respira e inspira devagar como eu a ensinei.

─ Sua cor está voltando, isso é um ótimo sinal.

Ela abre um sorriso fraco e assente ainda com os olhos fechados.

─ É, eu ─ para engolindo seco. ─ me sinto bem melhor que lá dentro.

─ Eu sei, lá dentro está um inferno.

Admito, quase sem querer, e me arrependo um pouco no segundo seguinte. A modelo solta um arzinho pelo nariz e abre os olhos para me encarar.

─ Estava fugindo quando entrou no banheiro, não é?

Mordo o lábio inferior, culpada.

─ Hum, talvez… mas eu não sou a única, uh?

Mais uma coisa que me arrependo de ter dito no segundo seguinte. Droga, Maya.

─ Desculpa. ─ sussurro.

A risada de Bárbara ameniza a situação. Ainda estou com aquela cara culpada, mordendo os lábios com tanta força que podem sangrar a qualquer momento.

─ Provavelmente eu teria acabado com a festa se você não estivesse fugindo. Também.

Ela sussurra a última palavra e abre um sorriso reconfortante enquanto eu retribuo tímida.

Olho ao redor quando ela volta a fechar os olhos. Aquele deve ser um dos maiores prédios da cidade. Nós estamos em alguns sofás localizados no canto da varanda, graças a espécie de janelas de vidros enormes que vão do chão até o teto conseguimos assistir a festa lá dentro, mesmo com o som abafado.

Sinto um frio na barriga quando encaro a vista. É ainda mais alta do que imaginei quando estacionamos em frente ao prédio e eu vi o painel do elevador lotado de botões numerados de 1 até 75.

75 fucking andares. Com um terraço na cobertura limitado com sacadas de vidro.

Engulo seco e tento ao máximo focar nos meus pés, quem sabe agora me concentrar nos saltos que me apertam tanto sejam uma ótima solução para ignorar que estou a três ou quatro passos de uma morte horrível.

Respiro e inspiro devagar. Uso o exercício que ensinei a Bárbara que agora parece mais tranquila. Mas isso vai para o saco quando ouvimos o sutil barulho de Mason Mount se aproximando.

BAD BOY | MASON MOUNTWhere stories live. Discover now