A nigthmare to sweet dreaMs

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Maya BernardiLondon, U

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Maya Bernardi
London, U.K.


─ Acho que aquilo aconteceu.

Eu falo baixo após mais um generoso gole na caneca de cerveja colocada na minha frente. Emily tinha ficado decepcionada ao encontrar apenas suco e refrigerantes na minha geladeira, e por essa razão nos tínhamos descido até o pub da esquina.

─ Aquilo?

Eu respiro fundo criando coragem para lhe explicar. Me sinto como uma adolescente patética e medrosa.

─ Aquilo que… acontece quando duas pessoas estão ficando há algum tempo e…

─ AH, vocês transaram?!

Eu arregalo os olhos na sua direção e deixo um tapa em uma das suas mãos que voaram para a mesa no segundo que ela adivinhou. Ou melhor, acha que adivinhou.

─ Mas eu achei que vocês tinham ido almoçar. ─ Emily faz um careta confusa quase conversando consigo mesma. ─ Ai meu Deus, você foi a sobremesa. Para onde ele te levou?

Estapeio a sua outra mão e dessa vez ouço seu ouch enquanto retira elas de lá se reencostando no banco.

─ Nós não transamos! Dá para você se controlar porque não sei se lembra mas nós estamos em público?!

Tento sussurrar o mais alto possível enquanto olho ao nosso redor, por sorte não chamamos atenção de ninguém ali. Ainda bem.

Emily murcha do outro lado da mesa e se rende balançando a cabeça devagar, quase melancólica. É. Literalmente melancólica já que sua expressão murcha e ela me olha fazendo bico.

─ Então você ainda está presa no seu celibato?

Um arzinho escapa pelo meu nariz. Emily diz aquilo com tanta tristeza que até mesmo parece sério.

─ Porquê você quer tanto que eu…

Me enrolo com as palavras, mais uma vez parecendo uma adolescente patética. Estou começando a considerar parar de usar o “adolescente” e apenas me auto intitular como patética.

─ Perca sua segunda virgindade?

O canto dos meus lábios se esticam poucos centímetros ouvindo aquilo e ela abre um sorriso quando noto a quase graça que achei aquilo.

Quase. Não é engraçado.

─ Você precisa transar.

─ Eu estou perfeitamente bem sem sexo.

─ Você acha que está bem ─ ela ergue o dedo indicador e eu afundo no banco com as mãos no rosto, envergonhada. ─ mas quando acontecer você vai se sentir muito mas muito melhor, e então vai dizer para mim que eu estava certa em te avisar.

Ainda estou com as duas mãos cobrindo meu rosto e olho para ela entre os espaços entre meus dedos.

Emily está com metade do cabelo preso com um lenço cor-de-rosa e usa brincos de pérolas. Um dos atendentes passa pela nossa mesa e pergunta se queremos pedir por algo para comer e a sua voz e sorriso simpático não poderiam ser mais doces. Totalmente o oposto das besteiras que saem da sua boca.

BAD BOY | MASON MOUNTWhere stories live. Discover now