Bar

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De noite naquele mesmo dia, o clima entre Natasha e Yelena estava tenso. Yelena desviava o olhar da ruiva sempre que ela estava perto, e como estavam andando juntas, ela não a olhava na cara.

Agora estavam em um bar, Yelena limpava o ferimento em seu braço com Wanda ao seu lado. Natasha havia saído para buscar mais cerveja e ainda não tinha voltado. 

- Já que Natasha não me explica nada, você pode me explicar tudo que está acontecendo e em que luta ou briga exatamente nós estamos nos metendo? - Wanda perguntou virando a cabeça para o lado.

- Nós não necessariamente tem que envolver você. Seu nome é Wanda, certo? - ela confirma com a cabeça - Então Wanda, você pode simplesmente ir embora e deixar tudo isso, toda essa confiscação para trás e nunca mais ver a nossa cara. Por que você não foge?

- Eu já estou fugindo. Estou fugindo com a Nat.

- Mas por quê?

- Porque me preocupo com ela. E ela meio que me arrastou para fugir com ela, e quando eu tentei ir embora nosso carro explodiu com ela dentro e agora tem um projeto de arma de luta robô querendo matar ela e agora você também. Não posso deixar ela morrer, muita gente acabaria comigo se ela se ferisse incluindo eu mesma.

- É bom ela ter alguém que se importe tanto assim com ela. Isso é muito bom.

- Concordo. É legal falar dela enquanto ela não está aqui e tudo mais, mas você pode me explicar?

- Ah, claro. - deu um gole na garrafa a sua frente - Natasha e eu fomos fomos "adotadas" por dois espiões que trabalhavam para a Sala Vermelha e vivemos como se fossemos uma família normal russa em Ohio no meio da Guerra Fria. Então não podíamos chamar muita atenção por causa das paranoias com espiões russos que forjavam famílias nos Estados Unidos.

- Como erámos pequenas, agimos como se aquela fosse nossa família, chegávamos até a chamar os espiões de 'papai' e 'mamãe'. E um dia, Alexei, que fazia o papel de nosso pai, chegou em casa falando que era hora de colocarmos nosso plano em ação. Saímos de carro com toda a pressa do mundo e depois de um tempo a polícia local começou a nos seguir.

- Pulando a parte do avião, nos levaram para Cuba onde Dreykov nos levou desmaiadas até os piores anos das nossas vidas. Natasha sempre se destacou mais, falavam que ela tinha um potencial maior, então sempre focavam um pouco mais nela. E não ficamos muito tempo juntas, por causa dos diferentes níveis de treinamento e idade.

- Eu nem posso imaginar o que vocês duas passaram, sinto muito.

- É foi bem bosta. Pior coisa da vida e bla bla bla. Eu queria que fosse diferente mas não foi e não posso fazer nada para mudar. - fica um pouco em silêncio depois se vira para ela de novo - Acho que você deveria ir atrás de Natasha. Não tem porquê ela estar demorando tanto.

- Claro, eu vou atrás dela. - se levantou da cadeira. 

O bar não estava lotado então não era difícil de visualizar Natasha, mas o problema era que a ruiva não estava dentro daquele estabelecimento. Ela saiu dali e na parte de fora pode ver a figura da mais velha parada olhando para frente e com as mãos nos bolsos.

- O que está pensando? - Wanda perguntou baixinho quando parou do lado de Natasha. 

- Não vai querer saber - Ela disse sem desviar para olhar a Maximoff.

- Você não sabe o que eu quero. 

- Mas sei o que eu quero, e não quero falar sobre isso Wanda. - deu um desfecho.

- É que você estava demorando muito para voltar e Yelena pediu para eu vir te chamar. Eu sei que não devo me meter, mas acho que vocês precisam conversar e se acertar se forem levar esse plano a sério.

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