família

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Saem os quatro do helicóptero não mais funcional. Yelena e Alexei vão na frente e Natasha sai ajudando Wanda. Todos começam a andar, mas com as duas viúvas na frente da feiticeira e o super soldado russo reclamando sobre Alexei e a boca grande e irritante dele.

- Natasha... - ele chama pela ruiva que finge não escutar e continua seu caminho - Natasha... Natasha, vem cá, eu quero te perguntar uma coisa. - ela se dá por vencida e para no lugar esperando ele a alcançar. - Vem é importante. Ele falou sobre mim?

- O quê?

- Ele falou sobre mim? - repete pausadamente, essas pausas a irritavam - Quando contavam histórias de guerra?

- De quem você tá falando?

- Do Capitão América! Meu grande adversário, nesse teatro de conflitos geopolíticos éramos bem inimigos. Éramos mais contemporâneos... Eu achava que tinha muito...

- Você não vê nós duas a vinte anos e está me perguntando sobre você? - ela para no lugar. Yelena e Wanda também param e olham para os dois ali.

- Por que toda essa tensão? - ele pergunta se distanciando da ruiva e alternando o olhar entre ela e a loira mais a frente - Eu fiz alguma coisa errada?

- Você tá falando sério? - Yelena pergunta.

- Eu sempre amei vocês duas. Dei o meu melhor para garantir que vocês conseguissem atingir todo o seu potencial e tudo deu certo.

- Acha que deu tudo certo? - Wanda pergunta curiosa.

- Eu não conheço você e não te devo explicações. Mas acho sim que deu tudo certo. - ele vira para as outras duas mulheres - Parar vocês sim. Nós cumprimos nossa missão em Ohio... Yelena você acabou sendo a maior criança assassina que o mundo já conheceu, ninguém é pareô para a sua eficiência e para o seu sangue frio. E Natasha.... Não só uma espiã, não só derrubando regimes ou destruindo impérios infiltrada, mas uma vingadora. Vocês duas mataram tantas pessoas - ele segura a mão das duas "filhas" e as balança. As suas contas estão pingando, jorrando vermelho. Vocês não poderiam me deixar com mais orgulho.

Natasha olha para o rosto dele enquanto Yelena olha para a mão balançando sem parar. Em sua última frase, Alexei puxa as duas para uma abraço, Natasha o empurra assim que ele a puxa e Yelena fica um pouco mas se afasta depois falando para ele que eles estava fedendo e que precisava de um banho.

- E aí, falta muito? - Yelena pergunta.

- Vai saber quando a gente chegar... - ele começa a imitar o barulho de uma porco.

E assim continuam andando até o pondo em que precisavam. Andavam os quatro lado a lado, mas com Wanda na ponta, e ela queria ficar perto de Natasha. Foi por isso que com uma leve ajuda de sua mágica conseguiu empurrar os corpos lentos de Yelena e Alexei mais para frente e deixar ela com Natasha atrás.

- O que foi isso? - Alexei pergunta para Yelena depois de quase cair no chão.

- Depois de explico. Agora continua andando.

- Por que fez isso? - Natasha pergunta olhando para a mulher mais nova ao seu lado.

- Queria ficar perto de você. - ela lhe oferece um sorriso - Percebi como estava tensa quando saímos do hotel, e quando estava pilotando, e quando saiu para combater mais de vinte homens correndo o risco de ser morta por neve, e quando...

- Já entendi que eu estava estressada, não precisa continuar.

- Só queria dizer que percebi isso, e sei que não é muito seu estilo mais queria lembrar você de que estou aqui se quiser... não sei exatamente o que você faz, ehh, conversar beber chorar o que você quiser. 

- Eu só quero resolver toda essa situação, depois poderemos fazer isso. Mas por enquanto eu preciso estar cem por cento focada nisso, ok?

- Eu só quero o seu bem, Nat.

- E eu sempre quis o seu, Wanda... - as duas se olham. 

De vez em quando Natasha imaginava que estava deixando escapar demais pequenas frases que a entregassem. Ela não queria revelar seus "sentimentos", céus como odiava aquela palavra, mas imaginava se podia se permitir sentir eles de verdade.

As noites em que dormiu de verdade sonhou com a Maximoff, e em como seria beijá-la, pensou em como teria sido se Wanda tivesse a beijado quando estava bêbada e em que outras oportunidades teria de imaginar Wanda a beijando, mesmo achando ser algo muito distante da realidade.

Mas Natasha não sabia que o desejo de Wanda querer conversar era para falar do que aconteceu no hotel, e de como Wanda também pensava em como seria se ela tivesse unido só mais um pouquinho para a esquerda e pressionado seus lábios nos de Natasha... mesmo que por uma fração de segundo.

Nenhuma das duas sabiam que as duas queri

am se beijar. Mas não podiam...

- As vezes queria que nós fossemos pessoas normais, assim seria mais fácil de resolver os problemas que nós estamos tendo.

- E como resolveríamos isso sendo pessoas normais?

- Não esse problema, mas o problema entre nós duas... sabe? - Era possível? Será que era possível que Wanda estivesse planejando falar o que Natasha queria ouvir? Bom, ela não saberia, já que....

- Estamos quase chegando! - Alexei anunciou.

- Depois vemos isso. - Wanda completa.

[...]

Mais vinte minutos andando para que enfim eles  avistassem uma cerca, seguiram naquela direção e quanto mais se aproximavam mais viam a figura mais velha de Melina. Ali parado na frente deles  estava a mulher que ajudou Alexei a entregar as meninas, segurando uma arma grande em suas mãos e olhando para eles com um misto de surpresa e nostalgia.

- Querida... voltamos - diz o homem de barba. - Melina não diz uma palavra, em vez disso passa por eles, saindo de dentro da cerca de metal e seguindo para outra área, deixando claro que era para eles seguirem ela até lá. - Vamos , meninas.

Melina os leva até uma casa, muito vidro e o papel parede antigo e rosa. Vários móveis e o corredor apertado, mas era ali onde ela morava a anos sozinha, apenas acompanhada de seus porcos que também eram seus experimentos.

- Bem-vindos a minha humilde morada. - ela foi seguindo mais para dentro enquanto os outros andavam pela casa olhando aos arredores - Se sentiam em casa. Vamos beber - ela vai para a cozinha e Natasha a segue e vê a mesma abrir um armário de condimentos que foi empurrado e substituído por uma sala de armas, assim ela conseguiu guardar a sua.

Do outro lado, Yelena guia Wanda até a sala e fala para as duas se sentarem. Mas a Maximoff fica de pé sem saber ao certo o que fazer, porque era nítido que era uma situação desconfortável para todos e ela claramente não fazia parte dali. E pensou novamente em como seria ser uma pessoa normal e simplesmente sair dali e dirigir para a casa. 

Mas ela não tinha casa. A torre dos vingadores está longe e com um buraco que ela mesma criou ao jogar Visão para o chão por mis de quatorze andares antes de sair de lá com Clint. Sentia saudades dos dois. Não tinha mais o trailer que dividia com Natasha por mais de dois meses e nem qualquer tipo de quarto de hotel para onde pudesse ir. 

Não tinha casa. Sua única opção era ficar ali. Opção não, era sua escolha estar ali por Natasha, mesmo que ela não entendesse o passado da vingadora e nem a situação atual em que se encontravam ela sabia que escolheria Natasha entre ficar ali e fugir. E não ficar por ficar ali, focaria porque era ali onde Natasha estava e ela não sairia do seu lado.

Logo depois as quatro mulheres se encontravam sentadas na mesa. Yelena com Melina de um lado e Wanda ao lado de Natasha do outro. Estavam em silencio, elas, porque ouviam sons estranhos vindos de Alexei no banheiro.

- Vamos beber 

- Apoio. - Natasha completa.


Amanhã eu volto povo, prometo! Porque agora me faltou criatividade, mas amanhã tem mais um capítulo pelo menos... Obgg por estarem lendo e gostando da fic.

FugitivasDonde viven las historias. Descúbrelo ahora