The call

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Do nada eu aqui com continuação :)

Mesmo sendo madrugada, o telefone do hotel onde as vingadoras estavam hospedadas não dava trégua. Era a terceira vez que a recepcionista da noite atendia e não conseguia escutar absolutamente nada do outro lado da linha, então mais uma vez desligou.

O problema começa quando o telefone toca mais uma vez. Irritada, a recepcionista o atende mais um vez e solta uma "Alô?!" brava.

- Boa noite senhorita, - a voz do outro lado da linha era seguida por muitos barulhos que provavelmente cercavam o homem. Sim, a voz também era masculina. - Eu gostaria de... gostaria de falar com.... pode colocá-la ... por.. vor?

- Desculpe senhor, está com muita interferência. Poderia repetir a pergunta mais uma vez? - ela fala educadamente, mesmo que por dentro ela só desejasse que o telefone ficasse mudo.

- Por favor, teria como passar o telefone para o quarto onde está hospedada a senhorita Wanda Maximoff?

- Maximoff? Desculpe, não há ninguém com esse sobrenome presente no hotel. E receio não poder fazer o senhor entrar em contato porque aqui já se passam das duas da manhã, muito provavelmente a pessoa com quem quer falar esteja dormindo.

- Então... Natasha Romanoff tem como passar para ela. - o homem falou, mais firme no tom de voz dessa vez. Ele ansiava falar com a morena que dormia tranquilamente ao lado da tão famosa Viúva Negra.

- Repito, senhor. Não tem ninguém com esse nome aqui.

A expressão da mulher mudou drasticamente com a próxima frase do homem e apressou-se para bater na porta do quarto 49. Não era costume e muito menos bem visto um funcionário do hotel acordar um hospede no meio da noite, mas era impossível para a mulher não realizar aquele favor ao homem no telefone

Dentro do quarto por outro lado, Wanda dormia pacificamente entrelaçada aos braços de Natasha. E como poderia ser diferente? Desde de Natasha, a morena não tinha mais pesadelos, comia de tudo e sempre tinha um sorriso no rosto. 

E como poderia ser diferente? Afinal, quem seria triste ao lado de quem ama? 

Quem deixaria aquele momento por outro tão... raso?

- Nat... - Wanda chamou depois de ser acordada com as batidas na porta. Torcia para ser Yelena, que pelo menos assim poderia dar um soco nela e a mandar voltar para o próprio quarto e a deixar dormir em paz.

Wanda cutucou Natasha mais uma vez determinada a acordar a loira também, para que ela não ficasse acordada sozinha. E sinceramente, se sentia mais segura perto de Natasha, então queria a Romanoff ao seu lado seja lá para o que fosse.

- Natasha - se ajeitou na cama até conseguir estar na altura do ouvido de Natasha para a chamar de forma calma, mas ao mesmo tempo apressada. - Nat, tem alguém na porta por favor acorda.

- Volta a dormir, Wan. - disse colocando um dedo na frente dos lábios da mais nova querendo que ela só voltasse logo a dormir.

- Vou nada. Tem alguém na porta, acorda.

- Ai tudo bem. - Natasha disse se sentando na cama de uma vez, porque caso o contrário sentiria vontade de dormir novamente.

Olhando para ela agora ninguém diria que a dois meses e pouco atrás ela não conseguia nem fechar os olhos para um cochilo de dez ou vinte minutos. E tudo isso graças a uma certa bruxinha, que se recusava a ser chamada desse jeito.

- Acho que se Yelena me visse assim com você, ia dizer que eu sou cadela de mulher. - disse a loira de pé caminhando em direção a porta, sendo seguida por Wanda que mesmo sonolenta riu da piada.

FugitivasWhere stories live. Discover now