Capítulo 10

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— Foi você que me derrubou no chão e me beijou. Você não é nenhuma santa como demonstra ser. — Volta a ser o ignorante de sempre.

Alguém continuava a bater na porta. Eu me levantei assustada, morta de vergonha e sobretudo, com muita raiva de Adriel, por ele ser tão babaca. Peguei a toalha e me enrolei nela, virando de costas para não vê-lo naquelas condições. Ele estava ereto.

— Você não vai atender? — pergunto virada de costas.

Eu não ia sair de lá por nada, e também ainda não havia tomado meu banho.

Quando ele saiu do banheiro tranquei a porta, mas logo pude ouvi-lo em uma conversa desagradável com uma mulher.

"O que você estava fazendo?" A voz feminina perguntava irritada.

"Cecília, faço a mesma pergunta. O que você faz aqui no meu quarto?"

Não, não pode ser. Eu não acredito no que estava ouvindo. Então eles estão mesmo juntos.

Julgo que ela veio por conta do ciúme. Só pode ter sido por causa daquilo que Adriel disse ontem, no jantar da casa dos pais dele. Que iríamos fazer o filho da forma tradicional, caso a última fertilização não desse certo. Ela deve ter vindo tirar satisfações, é claro.

Liguei o chuveiro e comecei a tomar meu banho, chateada com tudo e exausta demais de ter que lidar com essas situações. Quando menos percebo já estou chorando enquanto esfrego meu corpo com força, para tirar todos os resquícios do perfume dele.

"Quem está no banheiro? É ela? Ah! Vocês transaram no lugar da fertilização?"

Ouvi um barulho na fechadura da porta e logo depois, a tentativa de abri-la foi interrompida. Senti-me ainda pior por estar ali, a par de toda a discussão do casal.

"Cecília cale a boca! Vou me trocar. Me espere lá embaixo."

Adriel esbraveja irritado com sua namorada. Fiquei lá dentro acuada, esperei até que não ouvisse mais um barulho para sair do banheiro. Quando o silêncio se fez presente, eu saí apressada e me arrumei para ir para faculdade.

Desci as escadas, fui para a cozinha e comi algo leve, enquanto conversava com Magáh. Ela não é de falar muito, mas é simpática comigo.

— Tchau! Magáh. Até mais tarde.

— Boa aula, Sr.ª Lis. — Me despeço e depois saio.

Horas mais tarde, me despedi de Lívia, minha amiga de classe. Cursamos juntas no departamento de inteligência artificial, Technew. Lívia e meu assistente estão me ajudando em um projeto que estou criando.

As esperanças de conseguir informações durante o almoço estava se esvaindo, conforme os minutos de espera se passavam.

Quando pensei em voltar para dentro da instituição, a BMW preta parou em frente ao prédio e fui de encontro com meu primo.

Estava aliviada, pois, minhas expectativas eram conseguir descobrir algo sobre o tal acordo. Entrei no veículo e pedi que Tomás me levasse a algum restaurante.

— Você ainda gosta de comida chinesa? — perguntou-me otimista.

— Eu ainda sou a mesma pessoa, Tomás. Amo comida chinesa!

— Ok, Sr.ª Lobo. — brinca. Eu o encarei e fiz careta para seu comentário.

Logo paramos em frente ao restaurante e saímos do carro juntos, antes de entrar, dei uma olhada rápida à nossa volta. Esses últimos dias eu estou tendo uma sensação de estar sendo vigiada em todo canto que vou.

A última virgem e o CEO cafajeste Where stories live. Discover now