Capítulo 17

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Ela me aperta em seus braços me fazendo sentir o poder do calor e o acolhimento, que só uma mãe pode passar ao filho. Estava precisando me abastecer do seu amor, não sei o que virá depois.

— Sinto sua falta, filha.

— Também sinto, mãe.

— Vamos, Lis? Adriel me apressa mais uma vez.

— Só um minuto, Adriel. — respondi chateada ao ver sua expressão raivosa.

Após me despedir delas fomos até meu pai, com ele foi não teve cerimônia, após uns apertos de mão saímos as pressas, em direção onde deixei o carro.

Ao cruzar o portão, peguei a chave do veículo em minha bolsa e me posicionei em frente a porta do motorista.

— Eu dirijo, Ana Lis! — estende a mão pedindo a chave.

— Por que não posso levar o car…

Antes de terminar a frase ele arrastou as chaves da minha mão.

— Porque eu disse que vou dirigir o meu carro e ponto.

— Você poderia ter me machucado, estúpido! — o encaro séria — leva o seu carro mesmo dirigindo mal, como de costume. — mais uma vez falo sem pensar.

Pude ver o fogo atravessado em seus olhos, quando me encarou. Ele abre e fecha a boca várias vezes, mas não diz nada.

Sua expressão ficou mais sombria de repente.

Entramos no carro e voltamos para sua mansão sem trocar sequer uma única palavra. Adentramos em casa, quietos, mas percebo que a raiva ainda o domina.

Ao atravessarmos o átrio de entrada, o celular de Adriel voltou a tocar insistentemente.

— Não vai atender?

Ele não me respondeu e o celular continuava a tocar.

— O que aconteceu, Adriel?

— Cala essa boca!

Levo um susto com seu grito. Apos isso, Adriel arremessou seu telefone na parede, restou apenas pedacinhos do aparelho no chão devido ao forte impacto.

Quando percebo a gravidade da situação, me encolhi no canto da sala, assustada, enquanto as lágrimas insistiam em cair. Não esperava essa atitude ignorante, mas se tratando de Adriel Lobo, nada mais me surpreende.

— Não precisa se proteger, eu não vou te agredir.

— Você me assustou.

Tentei encará-lo, no entanto, minhas pernas teimavam em não me deixar ir para longe dele.

— Droga! Roubaram o segundo e último embrião, Ana. Você tem ideia, do quanto isso pode me prejudicar?

Ele veio em minha direção.

Volto a me encolher no canto da parede, ainda amedrontada após o surto dele.

— Se você ao menos topasse engravidar da forma tradicional.

O homem me encarou estranho, seu olhar selvagem e cru, avalia meu corpo de forma predadora.

Nunca vi meu marido tão transtornado, talvez desesperado.

— Eu te pago! — O encarei incrédula — unir duas situações que desejo muito, seria ideal!

A raiva cresce dentro de mim. Suas palavras me despedaçaram por dentro.

— Quanto você quiser, Ana. Vamos, me fale seu preço. Quanto você quer para dormir comigo e fazer esse filho de forma natural?

— Você pensa que sou como suas amigas?

A última virgem e o CEO cafajeste Onde histórias criam vida. Descubra agora