PRÓLOGO

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"O encontro do sol e da lua são encontros de almas.
O sacrifício do amor com a prova do sangue fará complemento a essa união.
Assim que o sangue for derramado e sua alma queimar como fogo, a morte a alcançará e assim a união pra sempre será formada"

A lua vermelha como sangue iluminava o quarto o deixando completamente vermelho, o vento forte balançava o lustre e a cortina enquanto levava junto os gemidos e urros.
Não saberia dizer se os gemidos eram prazer ou dor, talvez os dois. Os sons dos corpos de chocando eram eróticos e excitantes. O eclipse ainda não estava completo, mas daria tempo de terminar.
A bandeja com a taça de prata foi trazida para perto. A bandeja era grande, mas continha apenas a taça.
Em um movimento rápido os dentes da condessa foram desferido contra o pulso de Marie que respondeu em um grito agudo de dor e tortura, seu corpo começara a queimar e dessa vez não era seu ápice se aproximando. Sentia que iria morrer.

Deixou que seu sangue fosse derramado sobre a taça a enchendo o suficiente para um gole, a condessa o levou até os lábios se saboreando do seu doce sangue ao som dos gritos de dor de Marie. A lua estava ainda mais vermelha agora e parecia pulsar olhando para o corpo nú de Marie em cima da cama se contorcendo chamando por sua amada, ela queria que aquela dor fosse logo embora para que pudesse ficar eternamente ali. Ela sabia que tinha que ser forte, foi avisada quando aceitou fazer o ritual. Tinha que ser forte pela as duas.

Olhou os olhos da condessa que lhe olhava preocupada e ao mesmo tempo lhe dando forças, não podia interferir, mas podia sentir dali o amor que ela sentia. O eclipse agora estava acabando, mas a dor não ia embora como havia sido informada. Queimava ainda mais, o que poderia ter dado errado?

— Moon...Aahhh!

— Marie, aguente mais um pouco...por favor.

Conseguiu perceber a voz de sua amada falhando, estava chorando. Algo realmente não tinha dado certo.
Uma dor em seu coração foi sentida, como se tivesse sido penetrada com uma estaca afiada e então com seu último grito de dor, talvez o pior, sua vida acabou.
O quarto ficou em silêncio por alguns segundos até que foi cortado por um outro grito de dor, mas essa dor era diferente. Não era física, era na alma.
A condessa se debruçou sobre o corpo de sua amada já sem vida enquanto chorava alto e se culpando por aquilo.

— Marie...por favor! Marie não se vá!

O mordomo apenas observava a cena com uma grande pena por sua condessa. Não era de se estranhar, era trágico.

A vampira agarrava o corpo da humana sem vida enquanto gritava por seu nome. Ela a amava mais que tudo e por sua culpa, ela estava morta agora.
Quando a mesma se acalmou, deixou que o corpo fosse levado e enterrado no cemitério de seu casarão, era da sua família, por mas que não tivesse nenhum corpo enterrado ali, haviam algumas lápides.

Após o ocorrido, durante um século, Condessa Moonbyul fez duas promessas para si mesma; Não amaria nenhuma outra mulher além de Marie e assim, não se apaixonaria por mais nenhuma humana. E seguiu assim por um século inteiro.

𝙱𝙻𝙾𝙾𝙳 𝙾𝙵 𝙼𝙾𝙾𝙽 [+18] Moonsun G!POnde as histórias ganham vida. Descobre agora