XV

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Moonbyul estava abraçada com Solar enquanto estavam deitadas na enorme cama da condessa.
O clima agora era um pouco fresco, mesmo que o sol do lado de fora estivesse claro, ainda era um dia fresco.

Solar enrolava uma mecha do cabelo da vampira em um de seus dedos enquanto recebia uma carícia em suas costas. Estavam em silêncio há muito tempo, mas não estava um clima constrangedor, pelo o o contrário.
A humana não conseguia parar de pensar na conversa que tiveram. Seu coração só faltou sair pela a boca. Sentia que estava enlouquecendo com isso.

- Por que seu coração tá acelerando? - Moonbyul comentou quebrando o silêncio que estava reinando ali. - No que está pensando?

- É que... - levantou a cabeça para encarar a vampira. - Você falou sério naquele momento? Sobre eu ficar...

- Por que eu mentiria sobre isso?

- Mas o que você quis dizer com isso...? - mordeu levemente o lábio inferior. - Por acaso a grande condessa está apaixonada por essa pobre humana?

Moonbyul apenas riu fraco e quase nulo olhando para o teto.
A vampira não sabia o que deveria dizer. Ela gostava de Solar ou de como ela era idêntica a Marie?

- Se eu disser que sim, vai ficar ao meu lado até seu último dia?

- Woah! Mas isso não seria justo. - bico grande.

- O que não é justo?

- Se eu ficar, quero ficar pra sempre ao seu lado... - sorriu largo. - Você me transformaria né?

- Claro ...

[...]

A noite tinha caído bem, estava fresco asism o dia, o céu limpo que poderiam contar as estrelas do céu, mas apesar disso, não tinham muitas pessoas na rua e nem nas calçadas o que não era muito comum para a cidade.

Não era muito tarde quando Solar fechou a janela do seu quarto, não eram nem 00h ainda.
Deitou em sua cama pegando o celular, tinha tirado umas fotos com a condessa quebrando totalmente o mito de que vampiros não apareciam em câmeras e nem no espelho.

Um pouco mais afastado dali, mais ou menos 2 quadras, no que dava em uma praça não muito frequentada mas alguns casais costumavam ir ali para namorar. Bem ali, acontecia mais uma vez o que tanto estava assustando os moradores dali.
Cindy, uma jovem de 19 anos estava deitada no chão, seu vestido estava estraçalhado e seu corpo havia sido violado.
Ester estava sobre ela com as presas cravadas em seu pescoço rasgando sua jugular enquanto o corpo da pobre garota começava a ficar pálido.
Quando finalmente se cansou de seu pescoço, com uma ira e força indescritível, abriu o tórax da menina arrancando de lá seu coração que ainda pulsava quase que desesperadamente na tentativa falha de bombear o que já não tinha mais no corpo de Cindy.

Seria o seu mais novo troféu. Levaria para casa e guardaria junto com os das outras moças que também tiveram seus corpos violados de tal brutalidade.
Os olhos de Ester estavam vidrados no coração, estava encantada.
Saiu dali como se nada tivesse acontecido deixando o corpo da garota loira jogado na grama, que se tivesse alguma sorte, seria encontrada no dia seguinte por alguma velhinha ou algum casal apaixonado.

Moonbyul encarava o canto do quarto pensando em como deveria resolver seus problemas. Ela não queria enganar Solar, realmente gostava dela mas estava confusa sobre seus sentimentos por Marie.
E também tinha o fato de ter que proteger Solar já que ela era um ímã de vampiro o tempo todo por conta do seu sangue. Tinha dado ordem para não se aproximarem dela, mas não tinha ouvido alguns boatos sobre alguns "rebeldes". Sabia que a líder disso era Ester e tinha dá um fim nisso de uma vez por todas, ela era perigosa demais.

Moonbyul tinha muito respeito pelo os pais de Ester que sempre a ajudaram e ficaram ao seu lado, eram fiéis a ela e por conta disso ainda não tinha dado um fim da mulher que tanto lhe dava nojo.
Estava cansada dessa situação, não poderia mais aceitar toda essa desobediência e rebeldia e daria um jeito nisso nem que tenha que matar -la.

Ficou tanto tempo ali que nem percebeu quando amanheceu, somente quando sentiu o soltar bater em seu rosto a tirando de seus pensamentos.
Tinha que se aprontar para sua taça da manhã.

Às 6:35 da manhã Solar acordou, não por seu despertador mas pela a movimentação na cidade.
De primeira não entendeu o que tava ouvindo, mas aos poucos foi se acostumando e notou que havia sirenes de polícia e ambulância passando pela as ruas.

Correu para fora sem ligar se estava usando apenas uma camisola de cetim e chinelos, isso também ignorando as marcas em seu corpo, mas por sorte, ninguém tava interessado nela naquele momento.
Todos falavam sobre a garota que foi encontrada morta por um cachorro da vizinha que morava perto.

"Coitada...era uma boa garota."

"Nunca fez mal a ninguém."

"Ela era tão bonita."

Coisas que eram ditas somente depois que as pessoas morriam.

Solar caminhou para onde estava as pessoas e conseguiu passar entre elas para chegar perto. O corpo estava em um péssimo estado. Aquilo quase fez com que Solar vomitasse.

- Céus...

- Senhorita, podemos falar com você?

Um policial alto, rosto fino e que não parecia ter mais de 30 anos se aproximou olhando para Solar.
Parecia julgar suas vestimentas, provavelmente tinha notado as marcas no corpo da mulher.

- Ah...

- Não se preocupe, são só algumas perguntas. - tentou ser simpático - Todos os vizinhos vão passar pela as perguntas.

- Tudo bem. - acompanhou o policial até um canto.

- Eu sou o detetive Park, como se chama? - o homem colocou as mãos na cintura olhando fixo para o rosto de Solar.

- Solar...

- Certo, Solar. Viu algo suspeito na noite anterior?

- Bem... não tenho certeza, senhor. - suspirou baixinho. - essa cidade é conhecida pela a sua hospitalidade, segurança e principalmente pelo o ambiente que sempre está animado. - deu uma pausa. - mas ontem não tinha muita gente na rua e quando foi ficando mais tarde não se via nenhum pé de gente. Eu moro somente á 2 ruas daqui e isso me assustou por isso sair assim na rua para ver o que estava havendo.

- Tem certeza que não ouviu nada? E nem viu ninguém?

- Infelizmente não, senhor.

- Alguns vizinhos disseram que isso é obra de um vampiro. Compartilha da mesma ideia deles?

- Não sei, senhor. - abraçou os próprios braços. - Não acho que vampiros existam, mas se sim, isso explicaria muita coisa.

- Certo. - estendeu um cartãozinho para ela. - se lembrar de mais alguma coisa, só ligar...se estiver precisando de ajuda também, pode ligar.

Solar teve que se segurar para não ri da última fala, mas seria desrespeitoso com a garota que ainda estava sendo fotografada pela a perícia.

Decidiu voltar para casa.

𝙱𝙻𝙾𝙾𝙳 𝙾𝙵 𝙼𝙾𝙾𝙽 [+18] Moonsun G!PWhere stories live. Discover now