O preço da vida [ Taekook ]

One

" Prendo minha respiração enquanto desejo a morte
Oh por favor Deus, me acorde;

- Metallica "

Quando duas pessoas possuem os mesmos atos referente as situações em que são colocadas, às vezes costuma ser um padrão ser julgado pelas suas ações e não pelo que os levaram a cometer todas as atrocidades.

Ninguém realmente se importa; não quando você perde tudo, simplesmente estraga a própria vida comentendo crimes bárbaros ou até mesmo quando comete algum erro, por mais simples e pequeno que fosse, ninguém realmente se importaria com o que estava acontecendo ou o que levou a pessoa a cometer tal crime de ódio.

Essa era a sociedade. Julgadora, suja e hipócrita para muitas pessoas não compreendidas verdadeiramente.

Taehyung sentiu-se assim quando humano, onde explicou o porquê das suas atitudes e o porquê de ter feito a justiça da qual era dever máximo da polícia da sua antiga cidade para Jeon Jeongguk. Agora Taehyung entendia o significado de que às vezes a morte é apenas uma sensação que o faz sentir-se leve quando justa, mas quando causada era mais dolorosa e sofrida.

Na época era jovem demais para compreender o que de fato esse ditado significava, mas agora entendia e enxergava isso em cada ser humano podre que vive na Terra.

Cada um tinha os próprios motivos e as razões, ninguém deles deveriam de ser julgados por cometer atrocidades após um momento de desespero profundo, onde a sua mente se enfraquecia e dava uma enorme brecha para um grande inimigo alugar a sua mente com coisas impróprias, talvez até mesmo perturbadoras.

Ele foi um dos que se deixou ser movido pelo ódio, deixando-se cegar pela sede de vingança que no final teve a sua pior punição em Terra. Como já dizia o ditado popular: aqui se faz, aqui se paga; era o verdadeiro conhecimento de a lei do retorno, porque um dia a vida cobra e muito caro pelas suas atrocidades cometidas, tudo isso enquanto ainda não passa de um humano frágil e podre.

Quantas vezes teve vontade de morrer, prendia a respiração e implorava para Deus simplesmente tirar a sua vida. Dentro da cadeia tudo era ruim, os homens que habitavam ela, os policiais que diziam ser bons e até mesmo as surras que levava dos homens do qual compartilhava a cela.

Todo dia uma nova tortura, porque o seu Karma e inferno era dentro daquele presídio, preso com os três brutamontes que sempre lhe agrediam e machucavam.

Aqueles homens não precisavam nem mesmo lutar em uma guerra, pois o estrago que causaram na sua vida e os traumas que o seu lado humano ganhou não se comparavam. Foi na beira do seu finalmente leito que o Diabo apareceu, buscando por um novo aliado, pedindo para que Taehyung virasse o seu servo leal, tendo em troca a alma do humano que ele era antes.

Então o pacto foi selado, mas diferente do pacto que ocorreu com o seu garoto, Taehyung realmente se sacrificou. Teve que passar pelo ritual de suicídio, renascer como um Anjo Negro e exilado do Paraíso. Tudo isso para enfim conseguir a tão sonhada imortalidade, junto dela as suas asas como Karma, para lembrar-se do dia em que matou o padrasto.

Toda noite, naquela mesma maldita data da morte da mãe e supostamente assassinato do padrasto, Taehyung apenas desejava ficar bêbado e sumir do mundo, só que ele era imortal e não conseguia ficar bêbado. Sentia-se sufocado toda vez que precisava passar pela tortura de ter as suas asas cortadas com uma corrente de ferro banhada na lava do submundo.

Era dolorido, sofrido e agoniava Taehyung de uma forma que jamais ele conseguiria explicar. Infelizmente era o que estava acontecendo neste exato momento, porque o seu inferno particular só estava começando naquela madrugada.