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CAPÍTULO QUINZE.
"brigas"
Pablo Gavi's point of view.

🏟️

ESTOU COMPLETAMENTE DURO.

Em minha defesa, estava mesmo chateado com ela.

Ainda estou. Só que agora também estou com tesão.

Fazer o quê?

— Me bota no chão. - Maju rosna, e a cada palavra aguda envia outro raio de calor pro meu pau.

Tem alguma coisa muito errada comigo. Acabei de passar as últimas três horas com uma garota que se arrumou toda para mim, piscou sugestivamente, tocou minha mão e praticamente levantou um cartaz dizendo ME COME, PABLO!

Não senti nem uma coceirinha lá embaixo.

E agora estou aqui com Maju, de calça xadrez folgada e uma camiseta de manga comprida, gritando obscenidades para mim, e meu pau está enlouquecido.

— Você me acha uma escrota? - Diz ela, ameaçadoramente. — E agora?

Maria Julia recorre à estratégia de sempre: beliscar minha bunda.

Mas isso só me excita. Chuto a porta do quarto dela

— Alguém já te falou que você é uma pentelha?

No momento em que a coloco no chão, ela me dá um soco. Engasgo com uma risada de espanto. Detenho seu punho com facilidade.

— Para com isso. - Ordeno.

— Por quê? Porque faz de mim uma pentelha? Ah, e uma escrota, né? E uma garota dramática... típica de fraternidade... E o que mais? - As bochechas dela ficam vermelhas com o que parece ser vergonha. — Ah, é. Superficial. É isso que você pensa, né? Que eu sou fútil.

Meu coração afunda dentro de mim, feito uma pedra.

Meu pau recebe o golpe também, uma olhada para o rosto magoado de Maju e minha ereção dá tchauzinho. Seus punhos, que estavam cerrados com tanta força antes, se abrem lentamente e relaxam. Observando minha expressão, ela dá um risinho amargo.

— Ouvi tudo o que você disse para o Ansu no bar naquela noite.

Ah, merda. A culpa toma meu corpo inteiro antes de se instalar no estômago, num turbilhão de vergonha.

— Maria. - Começo. Então paro.

— Cada palavra. - Diz ela, baixinho. — Ouvi tudo o que você disse, e não foi muito legal, Pablo.

Me sinto um idiota.

A maior parte da minha vida fiz questão de não ser cruel com os outros. De não falar mal de ninguém nem na cara nem pelas costas. Quando era criança, só via negatividade da parte dos meus pais. Farpas desagradáveis indo de um para o outro.

Seu pai é um merda, Pablo.

Sua mãe é uma mentirosa, filho.

Ao longo dos anos, eles se acalmaram, mas não rápido o suficiente. O ambiente tóxico já tinha feito seu trabalho, me ensinando da maneira mais difícil como as palavras podem ser prejudiciais.

E que não há o que fazer com o veneno que já foi destilado.

— Maria. - Tento de novo. E paro de novo.

Não sei como explicar minhas ações sem revelar o quanto a desejei naquela noite. Tinha procurado traços negativos porque estava me divertindo. Porque ela me fazia rir. Me dava tesão.

𝐒𝐄𝐍𝐒𝐀𝐂𝐀𝐎, pablo gaviOnde histórias criam vida. Descubra agora