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CAPÍTULO VINTE E SEIS.
"conflitos"
Pablo Gavi's point of view.

🏟️

— AH, NOSSA, QUE ACOLHEDOR. - Congelamos diante da entrada nem um pouco graciosa de Balde, que cambaleia para dentro do quarto sem aviso prévio.

É tudo o que podemos fazer, porque estou com a bunda de fora e o pau dentro de Maju.

Mas Balde ainda não sabe disso. De onde está, parece que ela está sentada na minha mesa e eu estou de pé entre suas pernas. Tenho dúvidas até de que percebeu que estou sem calça.

Ele está visivelmente bêbado. Chapado de verdade. Seu corpo largo e musculoso balança de um lado para o outro enquanto caminha pelo quarto. Seu olhar encontra o meu por um instante, e vejo que está lutando para focar. Parecem opacos de tanta bebida. Por fim, Balde para junto ao pé da cama, depois abre os braços e se deixa cair no colchão. Há um baque, e ele começa a rir.

Balde se ergue nos cotovelos e sorri para mim. Ainda não percebeu que estou com a bunda de fora.

— Que merda, Gavi, sua cama é muito mais confortável que a minha. Filho da mãe. - As mãos de Maju tremem em minha cintura. Ela as afasta lentamente e se apoia na mesa. Sua boceta espasma ao redor do meu pau ainda duro. Não sei se é intencional ou involuntário, mas engulo um gemido.

— Acabei de chegar de uma festa na Sigma Cau. Sigma Cou. Chi. Sigma Chi. - Ele está trocando as letras. — E meu amigo ficou todo, sei lá, como assim você está puto com o Ga? Que bobeira! - Maju se mexe, e olho em advertência para ela. Estou esperando o momento certo para sair. Não pode ser enquanto Balde estiver olhando para mim.

Levo vários segundos para encontrar minha voz.

— Cara, a gente pode falar disso depois? E em particular?

— O que...- Balde para de falar. Seus olhos se estreitam. Então ele ri. — Você está dentro dela?

—Sai do quarto, porra. - Rosno.

Seus ombros tremem de rir.

— Está mesmo. Caramba.

Que se dane. Com os olhos de Balde ainda cravados em mim, saio do calor de Maju e coloco depressa o pau dentro da calça, ainda de camisinha. Ela baixa a saia e pula da mesa, com as bochechas completamente vermelhas.

— Ah, não precisa parar por minha causa.

— Alejandro. - Digo, enfático.

— O quê? - Ele levanta as mãos num gesto de inocência. — Moramos na mesma casa. Às vezes acontece. - Maju sai do quarto sem olhar para trás. Não a culpo. Vejo que seus ombros estão tensos, mas sei que não está chateada comigo. Droga, tampouco está chateada com Balde. É só a vergonha enrijecendo seu corpo.

— Oi pra você também, portuga. - Diz Balde, mas ela não responde. Ele dá de ombros e fica de pé novamente,
cambaleando um pouco. — Não deu mole, né, Gavi? Quanto tempo depois de eu deixar Maju em casa você a levou pra cama?

Contenho a raiva. Ele está bêbado. E, por mais que eu odeie, tem razão.

— A gente conversa quando você estiver sóbrio, tá legal?

— Não. - Balde balança a cabeça, rindo baixinho enquanto caminha até a porta. — Você e a portuguesa podem fazer o que quiserem. Vou seguir com a minha vida. E todos vão ser felizes sara nempre. Quer dizer, para sempre. Felizes para sempre.

Franzo a testa enquanto o vejo se afastar.

—Balde.

—Hum?

𝐒𝐄𝐍𝐒𝐀𝐂𝐀𝐎, pablo gaviWhere stories live. Discover now