Vegas

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Amanheço com uma dor de cabeça infernal. Minha mente está girando.

Percebo que estou no sofá, tento me levantar e falho miseravelmente.
Depois de alguns minutos tentando eu consigo e olho ao redor me deparando com um copo de água e um comprido para dor de cabeça em cima da mesa de centro.
Tomo o remédio e vou direto para o banheiro com o corpo cambaleando em todo o trajeto, quando vejo o meu reflexo todo detonado no espelho eu me lembro de todas as palavras de Pete ontem a noite, mesmo que eu tenha sido mais idiota que o normal ele ainda cuidou de mim, deixando um remédio.

A vergonha invade o meu corpo de forma intensa pela primeira vez em toda a minha vida.

Eu tenho somente duas opções: fingir que não houve nada dizendo que me esqueci de tudo por conta do álcool ou ser um adulto e me humilhar pelo perdão dele.

Sem dúvidas o casamento está fora de cogitação e eu devo descobrir mais sobre o meu noivo.

Tomo um banho longo e me arrumo para ir ao escritório, quando eu chego lá um dos primeiros rostos que eu vejo é o de Gustav.

— Bom dia, Vegas, não imaginava te ver tão cedo.

Aperto sua mão estendida.

— Bom dia, eu vim buscar meu carro e deixar algumas coisas na minha sala. - Eu abaixo a cabeça envergonhado. - Me desculpe por ontem a noite.

Ele ri e acena.

— Não se preocupe comigo, hoje é o seu grande dia, tem que relaxar. Todo mundo já exagerou na bebida pelo menos uma vez na vida.

— Espero não ter feito nada inapropriado.

— Você não fez, só acho que forçou um pouco a barra com o Pete. Mas foi até divertido de assistir.

— Ele não ficou nem um pouco feliz. - Absorvo todas as palavras dele. - O que você quis dizer com meu grande dia?

— Você não se lembra? Você contou para todos que iria se casar esta tarde. - Congelo.

— Eu dis... disse o quê?

— Você deixou escapar, Pete tentou te impedir, mas você estava determinado.

— Deve ser por isso que ele quis acabar comigo. Eu não lembro de dizer nada disso.

— Relaxa, ele vai te perdoar. - Ele piscou. - Mas acho que o meu filho e a minha esposa não. Eles dois queriam tanto ajudar a planejar o casamento.

— Desculpe? - Sugiro.

— Está tudo bem, eles dois se conformaram em dar uma festa para vocês hoje a noite.

Puta que pariu. Eu não acredito nisso. Como eu posso me lembrar de tudo que o Pete falou ontem a noite e nada mais? O que mais eu falei?

— Festa?

— Pete disse que vocês queriam uma cerimônia íntima, só vocês dois, e você entrou na conversa e deu um belo discurso do motivo, deixou Porsche e Nam em lágrimas.

Eu fiz isso?

— Eles concordam em não se intrometerem, mas fizeram vocês concordarem com uma festa. Prometeram fazer algo simples por vocês, já que, não querem nada extravagante. - Ele passa a mão no terno que já está alinhado. - Tem certeza que não quer uma folga para a lua de mel?

The ContractWhere stories live. Discover now