14. Se Não Fosse Tão Tarde

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WANDA MAXIMOFF

Westview era realmente uma cidade pequena, isso significava encontrar com as pessoas do meu passado em uma base diária. Isso não era ruim, no entanto, eu estava tentando me reaproximar e minimizar um pouco da minha ausência, então era agradável encontrar Clint e Laura por aí ou mesmo Bucky e Steve que eram mais próximos de Pietro agora.

Mônica, Ágatha e Peggy esbarraram em mim algumas vezes também e não foi tão ruim quanto pensei. Ágatha ainda era muito mais arisca do que os outros, mas eu sabia que isso era só porque ela se sentia mais magoada.

Natasha também fazia parte desses "esbarros" ocasionais. A primeira vez foi quando Clint me convidou para ir ver sua loja de artigos de pesca, ele estava animado e eu queria demonstrar interesse, então passei lá depois de uma corrida matinal. Natasha estava sentada sobre o balcão, um copo de café em uma de suas mãos e um sorriso encantador nos lábios.

— Oi, amiga. -ela disse um pouco irônica e eu devolvi um sorriso amarelo em sua direção.

Não conversamos muito mais que cinco minutos e eu saí correndo da loja.

Alguns dias depois Ágatha e Mônica me chamaram para almoçarmos juntas, não era um dia que eu estava no melhor dos humores, mas não cancelei porque sabia que isso só adicionaria mais conflito entre minha amiga de infância e eu.

Mal cheguei ao restaurante e notei os cabelos ruivos trancados no fundo do local, enquanto Ágatha sorria maliciosamente para mim.

Eu sabia que ela tinha feito de propósito e, pelo olhar espantado de Natasha, sabia também que ela não tinha ideia que eu estaria lá.

— Oi, amigas! -foi a minha vez de provocar, mas agora não parecia mais tão incômodo. Ela sorriu com as minhas palavras e, mais uma vez, era como se nós duas estivéssemos criando uma conexão que ninguém mais poderia ver.

No meio disso tudo, minha vida continuava seguindo, com uma nova casa, um noivado que precisava seguir em frente e tudo que eu conseguia fazer era me sentir mais perdida no meio de todo aquele furacão.

— Você está pronta? -Darcy chamou minha atenção.

— Pronta? -olhei para ela que parou na frente do espelho e ajeitou a toca que estava em sua cabeça.

— Para o nosso almoço, aquele que você remarcou três vezes na última semana. -eu podia sentir seu tom de reprovação em cada palavra. — Essa será a quarta?

Era claro que toda a minha confusão interna estava refletindo no nosso relacionamento e eu me sentia extremamente culpada sobre isso, ao mesmo tempo que não conseguia fazer nada para que a situação mudasse um pouco de rumo.

— Não, claro que não. -me aproximei dela, tentando deixar o clima melhor. — Estou devendo um macarrão à bolonhesa a você e é isso que estaremos almoçando hoje.

Seu sorriso foi realmente encantador e ela bateu palmas, parecendo muito com uma criança feliz. Sorri também porque não era muito difícil fazer isso ao lado de Darcy. Eu me encantava com o quão fácil era agradá-la, mesmo com as coisas mais simples.

— Você é a melhor, baby!

Caminhamos de mãos dadas até o restaurante porque ficava apenas há alguns quarteirões da minha casa. Darcy estava empolgada falando sobre sua academia de treinamento funcional que estava prestes a abrir e eu tentei muito focar em tudo que ela estava dizendo.

— Tem certeza que não quer trabalhar lá comigo? -ela perguntou pela milésima vez. — Podemos abrir uma turma de vôlei e você pode dar aulas. Talvez isso te ajudasse a distrair.

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