20. Calmaria

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WANDA MAXIMOFF

Natasha me olhava de uma maneira completamente apaixonada e reconfortante.

Eu lembro que costumava me sentir a pessoa mais sortuda do mundo quando ela me olhava dessa forma... bom, isso não havia mudado.

— Você está sorrindo para o nada. -ela alertou, chamando minha atenção.

— Não, estou sorrindo para isso aqui! -apontei para ela e depois para mim. — Parece um sonho.

Estávamos deitadas sobre a cama, esparramadas de qualquer maneira, apenas deixando as horas passarem enquanto aproveitávamos a companhia uma da outra.

Conversamos sobre um milhão de coisas. Sobre o passado, sobre o que tinha acontecido com nossas vidas durante o tempo que havíamos ficado separadas, conversamos também sobre nada em específico, contamos algumas histórias engraçadas e trocamos infinitos beijos e carícias, tentando de alguma forma recuperar o tempo perdido.

— Toda vez que acho que você não pode ficar mais linda, você fica. -seu sorriso se abriu e então ela me puxou para mais um beijo. — Eu te amo!

As últimas palavras foram ditas de maneira sussurrada, ainda contra meus lábios, o que só me fez derreter um pouco mais.

— Que bonito, né! -de repente uma voz se fez presente no quarto, me fazendo pular de susto para longe da Natasha. — Então é isso que as duas bonitas estão fazendo enquanto me deixam sem notícias e preocupada?

Ágatha, de alguma forma, estava materializada no meio do quarto, com Mônica logo atrás de si.

— Você não estava preocupada, meu bem, só queria saber da fofoca completa. -a mulher negra disse rindo. — A fofoca, no caso, era saber se vocês tinham voltado.

Natasha parecia ainda mais surpresa do que eu, encarando as duas com os olhos arregalados. Ela se sentou na cama e esfregou os olhos, talvez em uma tentativa idiota de saber se aquilo realmente estava acontecendo.

— Ágatha como você entrou aqui? -ela questionou parecendo realmente confusa.

— Não interessa! -minha amiga desconversou.

— Ela tem uma chave, Nat. -Mônica desmascarou a esposa mais uma vez. — Ágatha tirou uma cópia quando a insuportável da Jane chutou você da sua própria casa naquela briga ano passado. Ela te ofereceu vinho de propósito, então aproveitou o momento e pegou a chave para levar até o chaveiro enquanto você dormia no sofá da nossa sala.

— Você o quê? -Natasha questionou mais uma vez incrédula e Ágatha apenas fez um gesto com a mão como se quisesse encerrar o assunto.

— Vamos ao que importa. -ela disse se aproximando. — Vocês voltaram?

— Não é da sua conta!

— Sim! -respondi ao mesmo tempo que a mulher rabugenta ao meu lado.

Natasha ia falar algo, mas logo Ágatha e Mônica estavam sobre nós duas, nos abraçando e comemorando em meio a gritinhos e muitas risadas.

Nem mesmo a ruiva foi capaz de manter a pose e logo estava rindo também, enquanto o casal fazia um milhão de perguntas sobre tudo.

A campainha tocou e Ágatha finalmente saiu de cima de nós duas, se colocando de pé com um sorriso suspeito nos lábios.

— Vou atender a porta! -ela disse dando uma risadinha e então saiu, Mônica logo no seu encalço.

Natasha e eu nos levantamos e caminhamos atrás delas, apenas para ver Clint e Laura entrando pela porta da frente e cumprimentando as duas mulheres que já estavam na sala.

QueridaWhere stories live. Discover now