Capítulo 23

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Uma semana se passou depois daquela conversa. James passava mais tempo fora de casa.

Em uma noite de nevasca, fui acordada por James. Seus olhos estavam sérios e alertas.

- Preciso que você se arrume rapidamente. Pegue algumas roupas, você terá que sair da cidade. – Ele acendeu a luz do quarto.

Tentei processar o que ele tinha acabado de falar enquanto fazia o que ele tinha pedido.

– O que aconteceu? – Perguntei preocupada.

– Amber... Seus pais foram assassinados.

Tão rápido como raio atingindo o seu alvo, a realidade me atinge. Meus pais estão mortos. Lágrimas caiam dos meus olhos descontroladamente.

– O que aconteceu? Fala James! – Estava cega em meu desespero.

– Houve um ataque a casa dos seus pais e do Tom. Infelizmente eles não...

– Todos morreram? Meu Deus. – Eu chorava em desespero.

– Preciso te tirar daqui. Vamos Amber, não podemos perder tempo. – James começou a me ajudar arrumar uma pequena mala com as minhas coisas.

Alguns minutos depois estávamos indo em direção ao aeroporto com dois carros além do nosso, fazendo a nossa guarda. Eu estava em silêncio, pois não sabia o que perguntar.

Toda minha família estava morta. Estava jogada em meio ao olho do furacão e minha mente estava em plena confusão.

– Amber, chegamos. – Sinto James tocando em meu ombro. – Você precisa ir.

– Você não vem? – O questiono, já que ele não mencionou que iria também.

– Não, tenho que resolver isso.

Apenas concordo. Saindo do carro, vejo Melina e o menino em seu braço vindo em nossa direção.

Olho para James sem entender nada.

– Eles conseguiram escapar, pois estavam em outra casa. – Ele me fala em um tom baixo de voz.

– Amber, eu sinto muito. – Escuto a voz chorosa de Melina ao se aproximar.

Apenas concordo com a cabeça.

– James para onde vamos? – Melina o questiona.

– Para uma ilha, é um lugar seguro. Vocês estarão protegidos lá.

Os deixando para trás, entro no avião no automático. A escuridão me tomava e toda a minha alma sofria. Ao olhar para Janela vejo James abraçar a Melina e seu filho, logo em seguida eles entraram no avião.

Eu queria ficar imergida no silêncio. Apenas me isolei durante toda a viagem, a todo momento as lembranças da minha família vinham à minha mente. Eu nunca tive um relacionamento amigável com meu pai, mas o amava e em pensar que minha mãe partiu de forma tão dolorosa estava me consumindo em sofrimento.

Minha querida amiga Anne e meu primo Tom também foram mortos de forma bárbara.

Uma lágrima silenciosa escapa embaçando minha visão. A morte era uma dura e silenciosa companheira naquela vida, sempre a espreita e pronta para cumprir sua missão.

Presa a Você -  O amor em meio ao caosWhere stories live. Discover now