Capítulo 24

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 Após algumas horas de viagem, chegamos à ilha onde passei a lua de mel com James. As lembranças do que vivi alguns meses atrás ficaram de lado, pois estava em luto. Aquelas perdas estavam fazendo meu peito perecer em sofrimento. O pior de tudo é que não fazia sentido. Como uma emboscada os levou aos meus pais e meu primo e sua esposa a serem assassinados em suas próprias casas?

Enquanto Melina conversa com os pilotos eu saí em direção ao carro que nos aguardava para nos levar a casa.

– Aqui é lindo. – Escuto a voz do menino olhando pela janela.

– Sim, Henry. – Melina fala acariciando o cabelo do filho. – Essa ilha é do seu pai. – Seus olhos estavam em mim ao invés do filho.

A frieza que ela terminou a frase me fez meu corpo arrepiar.

Eu estava em choque. Ela queria marcar território naquela situação que estávamos?

Chegando à mansão fomos recepcionados por alguns funcionários. Levaram Melina e Henry para um dos quartos de hóspedes e eu segui para o quarto principal.

Meu telefone tocou, chamando minha atenção.

Amber? Vocês chegaram bem? – A voz atenta de James do outro lado chamou minha atenção.

– Sim. Você descobriu quem fez isso com eles? – Eu estava com ódio pelo luto que me consumia.

Os Malloy.

– Quero a cabeça de todos eles. – Minha voz saiu grave enquanto as lágrimas marcaram o meu rosto. – Não hesite.

– Não vou, Amber.

A ligação ficou em silêncio por alguns minutos, até que percebi que não tínhamos mais nada para dizer um ao outro.

– Adeus, James.

Encerro a ligação.

Fiquei no quarto isolada desde que cheguei à ilha. Eva aparecia às vezes com comida ou para perguntar como eu estava. Mas nada me animava.

Da janela do quarto principal, vi que Melina estava se adaptando rapidamente à ilha. Ela andava por todo lugar e interagia com todos os funcionários. Ela parecia estar muito bem e algo que chamou minha atenção é que na ilha ela quase não interagia com o filho, uma das funcionárias ficou como babá da criança e com isso ela quase não via a criança.

O tempo estava correndo rapidamente, o pior era estar naquela ilha sem poder fazer nada.

Já James insistiam em ligar todos os dias, mesmo que eu não tivesse nada para o dizer. Com isso passamos duas semanas naquela ilha e com poucas informações do que estava acontecendo longe dali.

– É cansativo não saber de nada do que está acontecendo. – Escuto a voz da Melina ao entrar em meu quarto.

– O que você está fazendo aqui? – A encarei, aguardando sua resposta.

– Fiquei preocupada com você. James te ligou hoje?

– Não.

– Ele falou que estava perto de pegar quem fez isso com a nossa família, Amber. – Ela observava ao redor do quarto.

– Quero ficar só. – Falei apontando a porta.

– Tudo bem. Se precisar de alguém para conversar estou aqui. – Sua voz falsamente dócil não me enganava.

Viro-me para a varanda e escuto a porta ser fechada.

James me falou na ligação de hoje a localização do cofre do quarto principal e senha, lá tinha tem dinheiro e uma arma. Ele acredita que tinha alguém infiltrado da sua segurança passando as informações para os Malloy, mas eu não podia falar a ninguém sobre isso, nem mesmo para Melina.

Presa a Você -  O amor em meio ao caosWhere stories live. Discover now