12: Posso dormir contigo?

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Morro do Vidigal, Novembro.

CAVEIRA

Acordei rápido quando senti ou ouvi movimentação no meu quarto escuro

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Acordei rápido quando senti ou ouvi movimentação no meu quarto escuro. Antes de ter qualquer reação, olhei as horas no relógio digital em cima da mesa de cabeceira: 03:45 da madrugada.

Coloquei a mão embaixo do travesseiro e peguei minha arma, sentando rápido na cama e ligando a luz do abajur, vendo a Beatriz me olhando assustada por causa da arma apontada na sua direção. Baixei a arma.

Caveira - Não pode entrar desse jeito no meu quarto, Bia. - Guardei a arma no mesmo lugar e levantei da cama. - Precisa de alguma coisa?

Beatriz - Não consigo dormir. - Cruzou os braços, parecendo insegura. - Posso dormir com você essa noite? - Arregalei os olhos com o seu pedido. - Vou entender se você não deixar.

Caveira - Não vejo problema. - Deitei novamente e cheguei mais para o lado, dando espaço para ela deitar. - Por que não consegue dormir?

Nós dois deitamos de lado, um de frente para o outro.

Beatriz - Tive um pesadelo com o Terror. - Tirou o cabelo do rosto. - Não é a primeira vez desde o dia que fugi de lá.

O filho da puta inferniza ela até de longe!

Caveira - Foi só um pesadelo, Bia, ele não vai te machucar mais. - Segurei sua mão com delicadeza, já notei que ela gosta disso. - Eu tô aqui contigo, falei que não vou sair do seu lado. - Ela me olhou e sorriu.

Beatriz - Obrigada. - Se aconchegou mais perto de mim, encostando a cabeça no meu peito. - Posso ficar assim?

Caveira - Pode ficar como cê quiser. - Iniciei um cafuné na sua cabeça.

Ainda bem que eu durmo com a parte debaixo da roupa.

[...]

Acordei antes da Beatriz e levantei para preparar o café da manhã. Tomei um banho rápido, passei perfume e desodorante e desci até a cozinha. Preparei panquecas, café e mandei um dos soldados da segurança comprar pão quentinho.

Beatriz entrou na cozinha no momento em que o soldado chegou com o pão quente. Ela sentou em uma cadeira vaga e me desejou bom dia.

Caveira - Bom dia. Dormiu bem? - Coloquei duas panquecas em um prato e entreguei para ela.

Beatriz - Depois do pesadelo, sim. - Cutucou a panqueca com o garfo. - O cheiro tá ótimo. - Enfiou um pedaço na boca e mastigou devagar. - O gosto é melhor ainda.

Agradeci e perguntei se ela queria leite ou café, ela escolheu leite e eu peguei na geladeira. Sentei de frente para ela e começamos a comer em silêncio.

Depois de terminar o café, Beatriz começou a lavar a louça e eu fui pra boca.

BIA

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