14: Castigo eterno

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Morro da Esperança, Novembro.

LICE

Alice - Deixa eu falar com ela, Terror! - Aumentei o tom de voz, chamando sua atenção

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Alice - Deixa eu falar com ela, Terror! - Aumentei o tom de voz, chamando sua atenção.

Já tem mais de 10 minutos que eu estou aqui enchendo o saco dele para ver a Beatriz.

Terror - Tua amiga tá de castigo, eterno. - Sorriu de canto. - Ninguém vai ver ela nunca mais.

Desgraçado!

Alice - Cê não pode fazer isso, desgraçado! - Ele se levantou da cadeira e deu a volta na mesa, ficando perto de mim. - Vai fazer o quê, Terror? Me bater? Eu não tenho medo de você, infeliz! - Praticamente cuspi no seu rosto.

Terror - Vou te ensinar a me respeitar também, Alice. Vai ficar mansa, igual a Beatriz ficou depois de apanhar bastante.

Senti o ódio crescer dentro de mim.

Chutei o meio das suas pernas, fazendo o mesmo se agachar por causa da dor. Depois segurei sua cabeça dos lados e bati com o joelho na sua cara, fazendo o mesmo cambalear para trás e bater com as costas na mesa.

Terror - SUA VAGABUNDA! - Gritou, furioso.

A porta do escritório foi aberta e dois soldados entraram.

Alice - Não sabe resolver nada sozinho, tem que chamar os amigos pra socorrer. - Debochei. - Como você vai se sentir quando o Morro inteiro descobrir que você apanhou de uma mulher com 1.60 de altura? Aposto que vai se sentir humilhado, do mesmo jeito que a Beatriz se sente toda vez que você bate nela.

Terror - Segurem essa piranha. - Antes que eu conseguisse fazer algo, os dois soldados me seguraram com força, não me deixando sair do lugar.

Terror arrumou a postura e me olhou, enquanto limpava o sangue que saia do nariz. Ele se aproximou e segurou meu pescoço com força, machucando a região sensível.

Terror - Quer ver a tua amiga, Alice? Vou te colocar debaixo da terra, junto com ela.

Arregalei os olhos. Não por medo de morrer, mas por medo de ele não estar blefando.

Será que ele realmente matou a minha melhor amiga?

Alice - Eu sei que você não matou ela, Terror. Tu sabe que o que ela mais quer no mundo é morrer para ficar longe de você. - Agora foi a minha vez de sorrir. - Eu. Quero. Ver. A. Minha. Amiga. - Falei, entredentes.

Ele soltou o meu pescoço quando notou que não estava me amedrontando.

Terror - Levem essa vadia até a Beatriz. Vendada. - Sentou novamente na cadeira giratória.

Assim que eles me tiraram do escritório, sorri satisfeita.

[...]

Eles tiraram a minha venda e eu pisquei algumas vezes para me acostumar com a claridade. Quando meus olhos se acostumaram, notei que estava em um corredor escuro, de frente para uma porta branca. Um dos caras destrancou a porta e abriu, revelando um quarto simples.

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