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Quantidade de palavras: 1126
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Aoto adormeceu em meus braços, enquanto chorava. Seus soluços eram de cortar o coração, saíram tantas lágrimas de seus olhos que achava que ele iria criar um rio em meu quarto. Mas agora, ele dormia calmamente. Alguns minutos depois, estávamos nós dois dormindo.

Ao acordar, graças aos céus Aoto permanecia em meus braços, só que agora ele estava de costas para mim. Seus cabelos invadiam meu rosto e o preenchiam com um aroma adocicado. Eu olhei para o relógio pendurado na parede e percebi que já era hora de irmos para o médico que Sayuri havia marcado para nós. Então, o acordei com vários beijos carinhosos em sua nuca e expliquei para onde iríamos.

- Não quero.

Ele respondeu, curto e grosso. Me senti ofendido, tinha acordado ele com tanto cuidado...

- Já está marcado, não há para onde fugir.

Disse me erguendo e ficando sentado na cama.

- Não tem como cancelar? Não preciso desse médico. Eu estou perfeitamente bem. E não me olhe assim! Se eu estivesse seriamente machucado eu saberia.

Eu me levantei da cama.

- Levanta logo!

O puxei pelo braço e o fiz levantar também. Ele me xingou e fez cara feia.

- Vá para seu quarto se arrumar enquanto chamo um táxi.

Ele saiu batendo a porta e então rapidamente me troquei e fui para a porta chamar o táxi. Em poucos minutos Aoto já estava ao meu lado, de cara fechada e braços cruzados. Escondia o rosto no cachecol. Após alguns minutos esperando, ele me chamou atenção.

- Pare de me olhar assim!

Aoto reclamou, colocando a mão em meu rosto e o virando para o lado.

- Por quê? Estou te deixando tímido?

Falei, segurando a mão que estava no meu rosto e beijando-a, achando a oportunidade perfeita para provocá-lo. Ele retirou a mão numa velocidade absurda e ficou vermelho.

- Estamos em público, idiota.

Ele falou baixinho, virando de costas.

- Não ligo. Se pudesse, subiria no pico das montanhas mais altas e gritaria que te amo.

Respondi, minha vontade era abraçá-lo, beijá-lo, para demonstrar a todos que o amava, mas me perguntei se ele gostaria de expor nossa relação, afinal, é um pouco perigoso levando em consideração o quê éramos. Assim que eu ia perguntá-lo, nosso táxi chegou e tive que deixar a conversa pra depois.

A consulta em si teria sido muito mais tranquila se a médica tivesse avisado o motivo da surpresa, ela havia ficado surpresa com os machucados que não estavam tão graves para alguém que tinha sido espancado com uma tábua de madeira. Quando analisou tudo melhor, ela passou algumas coisas nos ferimentos de Aoto e indicou alguns remédios para os vergões não doerem tanto, entretanto, no final, quando estávamos nos preparando para sair, ela nos pergunta:

- O que aconteceu, Aoto?

- Como assim?

- Ora, alguém fez isso com você, temos que saber quem é. Precisamos fazer algo a respeito.

Aoto empalideceu.

- Não é necessário, já me livrei dele.

- Se livrando ou não, ele precisa ser punido. Quem foi, Aoto?

#‹𝑶𝒍𝒉𝒂𝒓 𝑪𝒂𝒓𝒎𝒆𝒔𝒊𝒎˚₊Where stories live. Discover now