Intervalo 5 PARTE 2 ­- Prometheus e Sísifo

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Retornamos para casa após os eventos de hoje, quase arrancamos a porta das dobradiças, despencamos na sala de estar, me joguei na poltrona com o machado de incêndio em minhas mãos, observando o lado de fora pela janela, Devola, Popola e 11B se sentaram no sofá, com suas armas em mãos.

Os Pods flutuam perto de mim.

Encaramo-nos, esperando que alguém iniciasse uma conversa.

"Então..."

"Aquilo foi..."

"O que diabos..."

"Como aquela máquina..."

Todos falaram simultaneamente, percebendo que ninguém conseguiria falar, ficamos em silêncio novamente, minutos se passaram em silêncio e tensão, nós dávamos volta pela casa, olhando pelas janelas, esperando algo.

O que era esse algo?

Uma máquina?

Um androide Yorha?

Não sei dizer, estávamos todos tensos. Não sei quanto tempo se passou, mas eventualmente nos acalmamos e conversamos.

Respirei fundo "Acho que é hora de falarmos sobre o que aconteceu."

Recebi um aceno positivo de todas.

11B foi a primeira a falar "O que aquelas máquinas estavam fazendo? De todas as máquinas que lutei, elas nunca fizeram algo tão estranho."

"As máquinas tentavam imitar a reprodução humana." Popola falou.

"E disso, uma máquina nasceu." Devola continuou.

"E uma das primeiras coisas que essa máquina encontrou ao nascer, foram os androides atacando." Falei.

"Alan, você está nessa guerra há mais tempo do que todos aqui. Você tem alguma ideia do porquê as máquinas agirem assim?" 11B falou.

Todas me olharam esperando uma resposta.

"Deixe-me contar a vocês a história de Prometheus."

-Reino da Noite, El Salvador, Ano 7.645-

BANG!

BANG!

BANG!

Com os disparos de minha Mossberg Mariner, o bípede médio caiu no chão, um atarracado se aproximou por minha esquerda, com um giro rápido de meus pés, apontei minha escopeta para sua cara, bombeei e puxei o gatilho.

BANG!

A máquina caiu no chão, sua cabeça despedaçada pela chuva de chumbo de minha arma, outro atarracado apareceu à minha direita, me virei para ele, bombeei e puxei o gatilho.

BANG!

A máquina caiu também, a luz vermelha em seus olhos desaparecendo. Ouvi passos metálicos se aproximando, vi um Atarracado Médio correndo em minha direção, não tinha tempo para recarregar, então saquei minha Beretta e atirei.

BANG!

BANG!

BANG!

A máquina caiu no meio de sua corrida, seu rosto deslizando pela rua. Alguns segundos de silêncio se passaram, antes que passos metálicos ecoassem pela rua iluminada pelo luar.

Corri para longe dali, passando por ruas largas e estreitas, entrei em um prédio de cinco andares e me escondi no quarto andar, ao lado de uma janela com vista para a rua, colei minhas costas na parede e observei o local, vi um grupo de máquinas passando, seus olhos vermelhos iluminando a noite.

Nier Automata: Jornadas no 12° MilênioWhere stories live. Discover now