A comilona

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Olá, querida leitora, como vai?

Demorei, mas voltei...

Ótima leitura!

***





No sexto mês, as coisas mudaram bastante com a nova rotina de alimentação de Bree. O primeiro dia da introdução alimentar foi rodeado de risadas e brincadeiras, Claire estava animada para iniciar essa etapa tão importante na vida de nossa filha.

— Ela gostou, se pegar de volta ela vai chorar. ‒ Claire disse enquanto observava Brianna segurando meia banana melecada e amassada por dedinhos fortes.

— Eu quero tirar esse pedaço de casca que você deixou.

— É pra não escorregar, Jamie.

— Mas ela está comendo a casca. ‒ Eu estava incomodado com Bree mordendo a casca da banana.

— Então tire dela e vamos ver a choradeira.

E sim, a bebê reagiu com resmungos quando tirei a fruta mutilada pelas gengivas impiedosas.

— Aqui de volta, sua bichinha esfomeada. ‒ Devolvi a banana totalmente descascada as mãozinhas pedintes.

— Suponho que meu leite não vai competir com os novos sabores das frutas e legumes.

— Ah, mas duvido que ela não vá querer mamar logo após comer essa banana inte...

— Olha aí, outro engasgo. ‒ Claire disse e ficou atenta, sem mover um músculo. Brianna havia dado ânsia, lacrimejado, mas sem desistir da banana.

— Isso me dá aflição, Sassenach.

— Eu sei, mas é um processo natural, ela tem os mecanismos para não engasgar.

A manhã passou rapidamente, com Bree e Claire de volta à cama, adormecendo depois do café, enquanto eu me empenhava em montar a carta de vinhos de um restaurante que abrira as portas ainda no cenário da pandemia. Esporadicamente me surgiam trabalhos e eu me sentia grato por ser útil para além de trocar fraldas e lavar toneladas de roupas.

Quase na hora do almoço, Claire apareceu no quarto que havíamos convertido em escritório, me abraçou pelas costas e me deu um beijo na nuca.

— Que orgulho. ‒ Ela sussurrou.

Eu sorri e fui atingido por um beijo.

— Vinho... que saudade... ‒ Claire passou os olhos rapidamente pela tela do computador.

— Acho que podemos degustar uma taça hoje, o que acha? Merecemos... Você merece! Sobrevivemos aos primeiros seis meses.

— Sim, merecemos. Vou pensar numa jantinha especial.

— Hum, podemos acender velas? ‒ Eu queria o kit completo de um jantar romântico.

— Sim, velas e música... Tudo que temos direito. ‒ Ela sorriu e me deu outro beijo nos lábios. — Pode ficar de ouvidos no bebê? Vou preparar o almoço e há uma pilha de roupas sujas, o lixo tem que ir pra fora... ‒ Suspirou profundamente, depois cheirou meu pescoço e me entregou a babá eletrônica.

— O lixo é meu e as roupas também. ‒ Nós dividíamos as tarefas.

— Não, as roupas são minhas, nós trocamos a semana passada, não se lembra?

— Eu disse que faria três semanas seguidas, não me importo. Deixe-as comigo! ‒ E realmente não me importava. Lavar roupas é basicamente separá-las por cor, colocar na máquina com sabão e apertar botões. Viva a tecnologia!

O diário de BreeWhere stories live. Discover now