First family vacation

135 15 3
                                    

Olá, querida leitora.

Não demorei muito dessa vez, não quis deixar nosso casal brigado por muito tempo.

Faça uma ótima leitura 💗

***




No meio de julho, nós embarcamos num voo com destino a Londres, e deu-se início ao momento que eu mais esperava, meu retorno à Escócia. Eu estava ansioso por vários motivos, e também preocupado com Bree no avião, mas tudo correu muito bem. Ela deu uma choradinha quando a pressão do ar mudou, mexia a cabecinha de maneira estranha, mas Claire conseguiu acalmá-la oferecendo o conforto do seio. Então dormiu por horas, levando a mãe junto para o mundo dos sonhos, e eu as observei e não vi o tempo passar, dormindo também em algum período.

Claire estava ressentida comigo, e eu com ela. Nós organizamos a viagem e fizemos planos juntos, mas havia uma distância pequena e irritante que nos deixava inquietos e provocativos, e ninguém queria ceder totalmente.

Desembarcamos em solo inglês com o sol brilhando no céu, um dia azul quase atípico, e só fomos agraciados com uma garoa londrina quando já anoitecia. Permanecemos em Londres por dois dias, já que Claire tinha coisas a fazer, e combinamos de apresentar a cidade a Brianna, o que foi um pouco complicado, já que com o jet lag, ela estava sonolenta e irritada.

Ficamos hospedados na casa de Joe e Gail, que não nos deixaram, de forma alguma, ir para um hotel. Bree conheceu Leonard, filho do casal, e ficou completamente encantada; o garoto era de fato uma criança muito calma e gentil. A mesma segurança do pai.

O jantar da nossa segunda e última noite na casa dos amigos de Claire, foi regado a bom vinho, e ela se esquivando de me tocar a todo custo. Eu mesmo com receio de tocá-la e levar um choque fatal.

Após a nossa discordância sobre sua volta ao trabalho, os dias foram estranhos, Claire estava lá, mas não estava de fato comigo, não por inteira. Ela congelou uma parte de si da qual nunca fizera antes. Se manteve pacifica, carinhosa com Bree e comigo, embora tenha me negado sexo. Fizemos os planos da viagem, ela estava animada, sorridente e brincalhona enquanto fazia as malas, e ainda assim, algo estava errado.

Todas as minhas tentativas de consertar as coisas foram arruinadas por frases mal colocadas que inflamaram a situação. Eu queria ficar bem de verdade com ela, pra curtir a viagem sem pensar em mais nada, mas eu não tinha intenção de ceder e a teimosia de Claire era irredutível.

Quando Gail colocou Leonard para dormir, Bree pediu colo e mama, e também adormeceu. É incrível que quando acaba a pilha de um, em seguida o outro se vai. No caso, Brianna só tinha seis meses, mas com a presença de outras crianças, ela enlouquecia. Claire transferiu cuidadosamente para meus braços o corpo mole e pesado de nossa filha, e no quarto escuro, eu permaneci um tempo, velando seu sono tranquilo, uma conversa silenciosa acontecendo na minha cabeça, me convencendo de que era hora de alinhar as coisas com Claire, antes de partir pela manhã.

Peguei a babá eletrônica e voltei para a sala, onde a encontrei na pequena varanda, na companhia de uma taça de vinho e várias lágrimas escorrendo pelo rosto.

— Sassenach... ‒ Instintivamente a abracei, um daqueles abraços apertados, sentindo seu corpo e alma grudadas no meu peito, junto ao meu coração. Ela chorou mais e eu fiquei apavorado, e a apertei mais forte, e aquela sensação de distância e frieza desapareceu.

Joe apareceu e notando a situação, fechou a porta de vidro e a cortina, nos dando privacidade.

— Me desculpe, querida, estou envergonhado... Eu não...

O diário de BreeWo Geschichten leben. Entdecke jetzt