Apesar das possibilidades, um passo para trás.

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𝙋𝙪𝙧𝙚;
𝙋𝙤𝙚𝙩𝙞𝙘;
𝙐𝙩𝙢𝙤𝙨𝙩 𝙥𝙖𝙨𝙨𝙞𝙤𝙣𝙖𝙩𝙚;
𝙉𝙚𝙫𝙚𝙧 𝙙𝙮𝙞𝙣𝙜;
𝙏𝙖𝙣𝙜𝙞𝙗𝙡𝙚;
𝙁𝙤𝙧𝙚𝙫𝙚𝙧 𝙮𝙤𝙪𝙣𝙜;
𝙐𝙣𝙨𝙚𝙡𝙛𝙞𝙨𝙝;
𝙔𝙤𝙪 ( 𝘼𝙣𝙙 𝙢𝙚;
𝘿𝙚𝙨𝙞𝙧𝙚;

𝘼𝙣𝙙 𝙩𝙝𝙚𝙣 𝙞𝙩 𝙖𝙡𝙡 𝙟𝙪𝙨𝙩 𝙨𝙩𝙤𝙥𝙥𝙚𝙙;
𝙄 𝙣𝙚𝙫𝙚𝙧 𝙩𝙝𝙤𝙪𝙜𝙝𝙩 𝙬𝙚'𝙙 𝙘𝙤𝙢𝙚 𝙩𝙤 𝙩𝙝𝙞𝙨.

Gone Intro - Rosé.

As gotas de chuva caiam pelo chão ao lado de fora, um choro desesperado se escutava por dentro da residência, ela estava acordada, novamente, e para alegria de quem não dormia há días, era a sua vez, como sempre. As mãos percorriam pelo berço, mesmo com a forma possivelmente desesperada do pequeno ser a calma ainda prevalecia, os olhos castanhos escuros continuava com o seu pequeno hábito, observação. Seus braços sem força buscavam acolher o pequeno anjinho, corpo dolorido, mesmo assim uma pequena vontade, um choro que ainda lhe incentivava, rodeada na escuridão, tirando o pequeno raio de luz, era ela, Kazuha.

As bochechas que curvavam-se a ponto de fazer os olhos sumirem, um biquinho formado em sua delicada boca, as mãos e seus dedinhos que buscavam um contato melhor, inexplicavelmente, toda a pureza lhe acalmava a ponto de chorar novamente, diferente das outras vezes não era por alguém, era apenas o sentimento de suficiência, de apesar de tudo, estar dando o seu melhor.

- Ti amo... Prometto di stare meglio. - Um breve selar foi desferido sob a bochecha macia. - A mamãe só precisa de um tempo.

𑁍

Esperava o elevador com a mulher em seu colo, tão alva como a neve, sem desespero seguia agora pelo corredor, não era a primeira vez que enfrentou situações diferentes de um propósito que nunca pensou que resultaria em um fracasso, era apenas um date, mas assim como o restante de sua vida, tudo se assemelhava a uma cama de gato, quanto mais saía de um lado, mas se complicava do outro, nada novo diante ao sol.

A porta se abriu e lá estavam duas crianças? Adorável, mas não havia tempo, buscou pelo sofá ao canto direito do apartamento, até pediu por ajuda mas a que aparentava ser a mais velha estava em um possível choque, a mais nova encarava a sua mãe e logo em seguida batia um olhar raivoso sobre a italiana.

- Eieiei, não me olhe assim. Eu juro de dedinho que não fiz nada com a sua mãe. - Se distanciou para a cozinha em busca de algum alimento provisório, iria pedir comida mas até chegar a mulher morreria sem oxigênio no cérebro.

Vasculhando os armários em busca de qualquer coisa, sentiu uma aproximação um tanto estranha, quando se virou encontrou com um rosto familiar, não se lembrava quem era, e mesmo se lembrasse, sem tempo para distrações, a prioridade era Irene naquele instante, entretanto, aquela pequena mulher com rosto conhecido não achava isso, bloqueando sua passagem.

- S-seulgi? SEULGI? O que- Você e a- What?!

- Ei garotinha, quer me fazer um favor? - Tirou o celular do bolso e esperou pela outra.

- Um favor pra- Seul-

- Aqui ó, pede comida pra gente? Meu cartão está registrado no aplicativo, então não se preocupa com isso. - Deixou sobre as mãos alheias e seguiu para a sala, mas como o apartamento não era tão grande, apenas virou para trás encarando a menor novamente. - Não peça besteiras, pede qualquer coisa que dê pra comer e que encha de verdade.

Apesar de tudo, me traga flores. - SeulreneOnde as histórias ganham vida. Descobre agora