É, PODE SER

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- É, PODE SER – Respondo a minha mãe, quando ela me pergunta se estaria tudo bem o jantar com Carlos ser no sábado da semana que vem. Eu nem tinha convidado Carlos ainda e minha mãe já estava fazendo planos.

- TK, é o seu namorado, você deveria participar mais. – Naquele momento ela estava com seu celular na mão avaliando as opções.

- Mãe, tenho certeza de que para Carlos tudo está ótimo. – Buttercup dá um pulo em cima da minha cama e sua pata vai parar em meu estômago, ele não é nem um pouco leve. - Somos adolescentes, comemos qualquer porcaria.

- Não fale assim. – Ela se senta em minha cama e Buttercup se agita mais. - Talvez devemos pedir algo de um restaurante mexicano, sou péssima em fazer comidas mexicanas.

- Mãe, Carlos não come apenas comidas mexicanas. – Reviro meus olhos.

- Se você perguntasse qual é o prato preferido dele, estaria tudo resolvido.

- Pensei que o prato era para ser uma surpresa. – Eu estava começando a ficar cansado daquilo, desde que eu falei que estava namorando o Carlos, esse virou o assunto preferido dos meus pais. - Só faz o que você faz de melhor.

Minha mãe sai do meu quarto resmungando o quanto eu sou ingrato. E eu resolvo mandar uma mensagem para Carlos.

EU

Ei, tenho um ultimato para você.

CARLOS

E qual é?

EU

Você está sendo obrigado a comparecer aqui em casa no sábado para um jantar com meus pais e meu irmão.

CARLOS

Já chegamos na parte em que conhecemos nossos pais?

EU

Tecnicamente eu já conheci os seus.

CARLOS

É verdade.

É normal já está nervoso?

EU

Eu até diria para você relaxar, mas meus pais podem ser um pouco demais.

Mas eles já te amam, se isso ajuda em alguma coisa.

CARLOS

Na verdade, não, isso quer dizer que vou ter me esforçar mais para que eles continuem tendo uma visão boa de mim.

EU

Não é tão difícil, você é incrível.

Você vai se sair bem.

- Ei, amigo. – Faço um carinho na orelha de Buttercup. – Acho que encontrei o homem da minha vida. Nem pense em roubar ele de mim.

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Na quinta-feira eu estava voltando a pé para casa, Carlos sempre me trazia agora que começamos a namorar, mas hoje ele teve que ficar por mais tempo na escola por conta de um trabalho, então eu estava voltando a pé. Eu me arrependi de não ter esperado pelo Carlos quando Lucca me para no meio do caminho.

- EI, TK! – Ele me grita. E a única coisa que consigo pensar é o que ele quer dessa vez. O pior é que estamos em rua completamente vazia, e eu odeio parecer indefeso, sei que não posso contara o Lucca.

-Lucca. – Digo.

- Eu queria conversar com você. – Ele diz se aproximando.

- Não se aproxime.

Estrela Solitária - TarlosWhere stories live. Discover now