Não mais te amo tanto 📚Chaelisa☕

V

As tardes eram mais agradáveis com ela.

Por mais que fossem mais rápidas.

Eu abdicaria de tardes longas e entediantes por tardes curtas e prazerosas ao seu lado.

Ela era feliz, e me preenchia com sua felicidade.

Eu ficava feliz ao lado dela.

O cenário havia mudado, nós nos conhecíamos a duas semanas e agora ao invés de encontros casuais a tarde no café latte estávamos indo para um jantar no meu restaurante favorito, o Providence.

Era o melhor de Los Angeles.

Não havia contado a Roseanne onde estamos indo.

Era minha surpresa.

Acho que se fosse o contrário eu estaria surtando.

Mas ela não parecia ser tão asiosa.

Pelo menos não aparentava.

Esfreguei minhas mãos novamente sob as luvas, tentando me aquecer mais ainda do frio. Eu odiava neve.

Queria o amarelo de novo, mas ao invés disso só tinha branco e azul escuro pra todo lado.

Respirei.

E respirei.

E respirei.

Levei minha mão fechada em um punho até a porta.

Respirei fundo novamente.

Comprimi os lábios pensando como deveria bater no carvalho escuro.

Toc toc?

Toc toc toc?

Toctoctoc?

Ou deveria apenas apertar a campainha?

Mas quantas vezes?

Uma seria muito seco?

Duas seria exagerado?

Eram tantas perguntas...

Engoli em seco ajeitando a postura e tomando coragem.

Não podia dar pra trás.

— Vamos Lisa, não seja uma fracote — sussurrei respirando novamente e finalmente conseguindo bater na porta.

Bati uma única vez entrando em pânico logo em seguida.

Não se bate uma só vez! Droga.

Bati de novo.

Mas tinha sido devagar. Duas batidas em um tempo espaço muito longo.

Droga.

Ela provavelmente não ouviu.

Levantando o peito em uma respirada profunda, fianalmente bati três vezes seguidas na porta.

Mas nada aconteceu.

Ela não abriu a porta.

Será que estava no banho?

Será que iria me ignorar e me deixar aqui no frio?

Okay, respira.

Estou sendo neurótica.

Ela que havia sugerido que deveríamos sair.

Tinha sido ela.

Ela não iria desistir.

Eu iria?

Balancei a cabeça.

Não, não iria.