VII

256 57 17
                                    

Minhas mãos tremiam novamente.

Mas dessa vez era de frio, não ansiedade.

Talvez eu estivesse um pouco ansiosa também.

Tá, eu estava muito ansiosa.

Mas era uma ansiedade boa.

Não aquela de achar que tudo vai dar errado.

Eu estava ansiosa pra vê-la novamente.

Apertei a campainha e deixei meu dedo ali ouvindo a doce melodia da música que Roseanne havia criado. Ela a chamava de gone.

Eu havia amado o nome.

E a música.

Eu não me preocupava mais em parecer estranha ou incomodar.

Rosé disse que eu poderia fazer isso.

Disse que quando eu fizesse ela saberia que era eu na porta, então era como se fosse a minha marca.

Na hora eu ri de sua fala boba dizendo que esperaria todos os dias pra ouvir a música e que não ouviria mais sem pensar em mim.

Ela era tão...

Diferente.

Depois de alguns segundos a porta foi aberta e a morena com os cabelos presos em um coque, que deixava alguns fios soltos formando uma franja bonita, me recepcionou.

Ela estava de pijama?

Havia esquecido do nosso encontro?

Quer dizer, jantar.

Saída.

Saideira.

Fim de semana agradável na minha companhia.

Enfim, não importa o nome.

Ela havia esquecido?

Ela abriu um sorriso ao me ver e ficamos ali, eu com cara de taxo e ela com aquele sorriso.

— Você está de pijama... — soltei sem querer.

— E você de calça e casaco de inverno — brincou indo para o lado da porta e esticando a mão. — Entre.

— Entrar? Não íamos sair?

— Você já saiu não saiu? — arquei a sobrancelha, ela estava me confundindo. — Eu chamei você pra sair, não disse que eu precisava sair também. Vamos entre.

Sem reclamar mais eu entrei em sua casa.

Era aconchegante.

Seus móveis eram claros, diferente da minha casa, bem diferente.

Minha casa era preta e branca, a dela era mais diversificada.

Os móveis eram de madeira assim como o chão, havia uma luz amarela que deixava o ambiente mais tranquilo, a cozinha era aberta com um balcão também de madeira e os armários que iam até o teto da cozinha eram marrom claro e branco.

Olhando para a direita vi uma pequena sala de jantar com uma mesa de quatro lugares e um hall que dava para uma porta que eu acredito ser o banheiro e uma escada de madeira que dava para o segundo andar.

Na sala, um sofá de três lugares estava encostado na parede e uma tevê em cima de um rack de mdf marrom claro e branco, me pergunto porque este ser o único item que não era de madeira pura.

A tevê era simples, talvez trinta e duas polegadas, não mais que isso. Nas prateleiras do rack haviam alguns livros e dvds perfeitamente arrumados.

Movendo minha atenção dali para uma estante de madeira no canto da sala, ali haviam mais livros, canecas personalizadas, um pote de canetas e algumas fitas cassetes.

Não mais te amo tanto                          📚Chaelisa☕Where stories live. Discover now