XVII

229 54 43
                                    

Me chame de louca.

Mas louca de amor.

Estava sim, louca de amor.

E era por esse motivo que carregava um buquê de flores, maior que meu tronco, e uma caixa gigante de balas.

Sim, balas.

Eu compraria chocolates como todos os românticos.

Mas Roseanne preferia balas.

Então bala seria.

De morango, claro.

Sei que se apenas levasse algo simples de morango ela amaria.

Mas eu não queria coisas simples.

Queria levá-la para conhecer o mundo.

Fazê-la andar de avião pela primeira vez.

E de barco.

E de lancha.

E de jet-ski.

E pular de paraquedas.

E de asa delta.

Queria dar tudo a ela.

Tudo que eu tive e muito mais.

Queria dar o mundo a ela.

Eu daria o mundo a ela.

Quando ela abriu a porta, não consegui ver sua reação, o buquê era muito grande.

Mas ouvi sua risada e logo ela estava contornando o buquê para me dar um selinho divertido.

— Obrigada, Lili. Mas não precisava — apenas ignorei, entregando as flores para ela.

A vi colocá-las gentilmente em cima da mesa e logo voltar para sala, onde eu estava.

Ela ia me abraçar, mas a impedi.

— Trouxe outra coisa — estendi a sacola preta e ela logo tirou de dentro a caixa retangular azulada, me olhando confusa. — Abre.

Com delicadeza, ela puxou o laço dourado e, ao abrir a parte de cima, seu sorriso me contagiou.

— Todas são de morango? — perguntou tal como uma criança.

— Uhum.

— Você é incrível! — pulou em meu pescoço me enchendo de beijinhos.

Eu definitivamente traria mais balas para receber mais beijos em troca.

O dia hoje não tinha script.

A loira não quis sair de casa, então fizemos uma pipoca, ela fez, e vimos um filme, ela viu.

Eu não conseguia prestar atenção na televisão.

Olha-la, acaricia-la e, principalmente, beija-la era o que meu cérebro queria fazer 24 horas por dia.

Infelizmente quando o filme acabou ela separou nossos corpos, se levantou e foi até o andar de baixo para levar o balde de pipoca e os copos para a cozinha.

E eu fiquei ali sentindo falta do seu calor.

Era uma sensação horrível, ficar sem ela, me sentia em abstinência.

Mas logo ela voltou, se aconchegando em mim novamente e tudo estava bom de novo.

Era incrível como seu corpo se encaixava perfeitamente no meu.

Minha mão amava repousar em sua cintura e meu coração dava piruetas de felicidade toda vez que ela recostava sua cabeça no meu peito.

Eu me sentia leve.

Não mais te amo tanto                          📚Chaelisa☕Where stories live. Discover now