XVIII

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Se eu fosse dar uma dica importante na vida seria: nunca beije os lábios de Park Roseanne, pois depois da primeira vez você nunca mais vai querer parar de beijá-los.

Era impossível não querer beijá-la.

Era como uma droga, e eu era a drogada.

Duas semanas.

Fazia duas semanas que eu experimentei seus lábios verdadeiramente pela primeira vez.

E agora eu não conseguia mais me ver sem eles.

Mas, meu maior medo era estar sendo demais.

Carente demais.

Amorosa demais.

Estava com medo de querer mais do que ela.

Estava com medo dela não querer mais colar seus lábios com os meus.

Estava com medo dela enjoar de mim.

— Lisa para de ser paranoica — acho que não preciso dizer que a detentora da frase foi Palisa.

— Não é isso, eu a beijo toda hora! Não consigo ficar longe, talvez ela esteja enjoando — expliquei meu ponto.

— Ela dá indícios de que não quer te beijar? — Minnie perguntou, parei um pouco para pensar, mas nada veio na minha cabeça.

— Como descubro isso?

— Toda vez que vocês se beijam, ela age como se quisesse mais? — Palisa perguntou, mas eu não entendi a pergunta, o que resultou em uma lufada de ar que ela soltou ao olhar pra minha cara de taxo. — Ela é apática no beijo? Ou está sempre te puxando pra perto?

— Acho que a segunda opção.

— Então ela gosta de beijar você sua idiota — ela revirou os olhos. — Se você tem tanto medo de estar sendo amorosa demais, porque não pede logo ela em namoro? Vocês já vivem juntas mesmo, não seria nada uau, e assim você não ia ficar paranoica achando que está amando demais já que esse é o objetivo de um namoro, amar muito.

— Você nunca achou que Josy estava sendo muito amorosa?

— Não, é o que se espera quando você namora, que a pessoa te ame de volta.

— Certo, mas será que ela vai aceitar se eu pedir?

Palisa bateu a mão em sua testa e Minnie apenas se afundou mais no sofá.

[...]

Hoje eu precisei ir ao mercado comprar algumas coisas que Roseanne pediu.

Ela queria comer lasanha no jantar e pipoca quando fossemos ver filme. Então eu fui até o mercado para comprar os ingredientes para a lasanha e o milho para a pipoca.

Eu tinha pipoca em casa, mas a loira diz preferir fazer pipoca na panela do que no micro-ondas.

Pra mim tanto faz.

Mas se ela prefere assim, assim será.

Quando estacionei meu carro na garagem, peguei as sacolas com as compras e senti meu bolso vibrar, quando peguei o aparelho vi o nome do meu pai no visor.

Pra não me embolar, tranquei o carro e quando fui para o elevador atendi sua ligação.

"Filhota! Finalmente lembrou do seu velho aqui!"

— Tecnicamente foi você quem me ligou — sorri, sabendo que ele estava rindo do outro lado da linha.

"Como você está? Faz tempo que você não fala comigo, o que aconteceu?"

Não mais te amo tanto                          📚Chaelisa☕Where stories live. Discover now