Sem Querer (Degustação)

Capítulo 10

AVISO: ESTE LIVRO NÃO ESTÁ COMPLETO.

A história ficou postada completa do dia 25/03 ao 08/04.

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Davi

Respiro fundo, tentando me controlar, mas é difícil. A sensação de posse que eu senti ontem por vê-la tocando outro, está mais forte vendo este homem devorando a sua boca, com as mãos em seu delicioso corpo. Não esperava encontrá-la com outro, não esperava ter esse impedimento para tê-la está noite. Controlei-me para não ficar com ninguém na festa em vão. Mas, é isso o que dá tentar fazer o certo com mulher, importar-se com o que ela prefere.

Passo as mãos pelos cabelos, pensando no que fazer. O meu instinto quer que eu vá arrebentar a cara do homem que está a tocando, mas o lado racional me impede, segura. Não sei como lidar com raiva, pois poucas coisas conseguem me tirar do sério, por isso é melhor eu ir embora. Não posso deixar o instinto tomar conta de mim, senão cometerei uma loucura sem nem entender o motivo. Saio andando, mas então paro. Sei algo melhor para fazer. Se ontem ela me atrapalhou, hoje vou atrapalhá-la, afinal um dia é da caça, outro do caçador. Vou rapidamente até eles, tentando manter a calma.

— É assim que você trabalha? — esbravejo, assustando-os. — Com a boca na de outro homem?

— O que você está fazendo aqui? — pergunta confusa.

O filho da pu.ta mantém os braços em sua cintura, segurando-a como se ela fosse dele. As minhas mãos se fecham em punhos por raiva, mas me concentro no rosto dela.

— Vim atrás da minha esposa. — respondo firmemente, tentando passar verdade, mas achando absurda cada palavra que sai da minha boca. — Vim confirmar que você me trai enquanto cuido dos nossos três filhos.

— Não acredito que você está fazendo isso. — resmunga me fuzilando com os olhos.

A cara de bravinha dela é muito linda, motiva-me ainda mais a continuar esse ridículo papel de corno.

— Pode acreditar! Não sei onde estava com a cabeça quando resolvi te pedir em casamento. — afirmo incomodado, muito incomodado por falar em casamento.

— Para com isso! — exige nervosa, ainda nos braços do outro.

Será que o filho da pu.ta não está acreditando nessa tolice toda? Preciso dar um jeito nisso.

— Tira as mãos da minha mulher. — mando furioso.

Ele a solta e para em minha frente, encarando-me num convite para uma briga. Não recuo nem um milímetro e mantenho a minha postura ereta, também o encarando. Não sou de brigar, ainda mais por causa de mulher, mas se ele vier para cima, terei o maior prazer em quebrar a cara dele, como quero fazer desde o momento em que o vi.

— Se eu tivesse uma esposa dessa, não a deixaria dando mole por aí. — fala e vai embora.

É uma pena que ele não quis brigar, pois isso ia aliviar um pouco a minha tensão.

— Seu filho da pu.ta! — Melina xinga batendo em meu peito. — Você estragou a minha noite!

Segurando as suas mãos, empurro-a com raiva contra uma parede.

— Esqueceu que estragou a minha ontem? — questiono com o nariz encostado no seu.

— Estraguei porque combinamos de ficar! — afirma furiosa. — Você não tinha nenhum motivo para me atrapalhar!