Sem Querer (Degustação)

Capítulo 13

AVISO: ESTE LIVRO NÃO ESTÁ COMPLETO.

A história ficou postada completa do dia 25/03 ao 08/04.

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Melina

A minha boca abre de surpresa por ver o Davi dando um so.co no Rê. Por que ele fez isso? O meu amigo tenta revidar, mas não consegue e o Davi vai para cima dele. Totalmente confusa, corro para separar a bri.ga.

— Mel, se você entrar no meio, vai acabar se machucando! — Ju fala me segurando.

— Mas alguém precisa separar! — digo vendo-os no chão. — Eles vão se machucar!

Homens surgem e, com sacrifício, conseguem tirar o Davi de cima do Rê. A Ju me solta, mas não me movo, estou confusa demais. Num segundo eu estava tentando quebrar a cara do Marcelo, no outro o Davi me beijando de uma forma enlouquecedora e no seguinte ele começou a bri.gar com o Rê. Será que perdi algo? O Delícia tenta se soltar dos homens que o seguram, mas não consegue. O meu amigo levanta e noto que ele está sangrando. A preocupação me faz ir rapidamente até ele.

— Tudo bem? — pergunto analisando o seu rosto.

Ele tem um corte no lábio inferior e outro no supercílio direito. Por causa do sangue, não consigo ver a profundidade dos cortes, mas acho que não será necessário dar ponto.

— Claro! — resmunga.

Isso é o suficiente para me fazer ir tirar satisfação com o Davi. Ele vai ter que me explicar direitinho o que aconteceu.

— Por que você deu um so.co nele? — pergunto nervosa me aproximando.

Ele está descabelado, com a camisa azul toda amassada, mas felizmente o seu lindo rosto está intacto. Já desconfiava que o Rê não fosse muito bom de bri.ga, pois ele não é capaz de matar uma formiga.

— O filho da pu.ta não queria te soltar. — rosna ofegante, ainda olhando o meu amigo.

O seu olhar é tão intenso e feroz que faz um arrepio percorrer o meu corpo. Uau, ele está extremamente se.xy assim... Não posso começar a pensar em sex0 agora, pois preciso focar no que é realmente importante. Não faz sentindo nenhum ter agredido o Rê porque ele não queria me soltar, primeiro porque o meu amigo estava tentando me impedir de ir para cima do Marcelo e segundo, se ele queria isso, por que me beijou antes de iniciar a bri.ga?

— Não entendi! — confesso frustrada. — Me explique melhor.

— Senhores e senhoritas, por favor, retirem-se do estabelecimento! — um segurança exige.

— Vamos! — diz a Ju, puxando-me pela mão.

Ando atrás dela bufando. Eu sabia que depois da confusão, seriamos convidados a nos retirar, ou expulsos, mas, caramba, o segurança não podia ter esperado mais um pouco? Vamos ao caixa e pagando a comanda, fico procurando pelo Davi, mas não o encontro. Será que o segurança o deixou ir ao banheiro? Pelo jeito vou ter que conversar com ele depois.

Saímos do barzinho, então peço desculpa ao Rê. Eu não queria que o nosso reencontro terminasse sem nem termos conversado direito, muito menos com ele ferido. Ele, educadamente, diz que não tem problema, mas estou envergonhada. Aposto que ele nunca se envolveu numa confusão como esta.

Enquanto nos despedimos, o Marcelo e Davi saem. Lembro então que não acertei as contas com o cachorro e vou ao encontro deles. O Marcelo para a me ver, só que o Davi continua andando. Ele passa por mim como se não tivesse me visto, entra em seu carro e vai embora. É impressão minha ou ele está com raiva de mim? Esse homem está estranho demais hoje!