4. Sob o olhar do rei das sombras

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POV LOUIS

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POV LOUIS.

Minha mandibula aperta quando o veneno da fúria rasteja por minhas veias e para ser honesto espero que Marcus recue e obedeça imediatamente as minhas ordens, porém vários segundos passam e ele continua com o cano da pistóla pressionado contra a têmpora de Harry.

Um lampejo de ódio pulsa em meu peito por sua desobediência a mim, mas estranhamente o que mais me enfurece é o fato dele estar ameaçando o raio de luz, e nesse instante uma sensação irritante de que somente eu posso ameaçá-lo toma conta do meu ser e eu não me importo com mais nada. Abro minhas asas e deixo o poder sombrio que está instalado em meu peito jorrar descontroladamente para fora do meu corpo.

As grandes nuvens escuras e pesadas, os raios que cruzam o céu e o vento impiedoso que arranca os galhos das árvores são um indicativo da tempestade interna que gira dentro da minha cabeça e confunde meus pensamentos, eu só quero liberar essa descarga maligna, então o faço através de um raio negro que sai do meu âmago, cruza pelo meu braço e é liberado pelo meu indicador. Esse raio rasga o ar e atinge o centro da testa de Marcus que cai sem vida no chão, como a fruta podre que ele foi.

Não penso nas consequências do que acabei de fazer porque elas de fato não irão recair sobre mim, eu sou o rei imortal, o líder único e incontestável do Reino das Sombras, tenho o poder sobre a vida e a morte de cada um dos meus súditos e me orgulho disso. Ninguém seria capaz de me questionar ou ir contra as minhas ordens, bem, o único que em todos esses séculos que tentou está morto no chão onde eu piso.

Sou uma divindade sombria e talvez escondido dentro de mim haja algum tipo de misericórdia, mas até agora não houve necessidade de procurá-la e também não sei se estou disposto a buscá-la. O que sei é que não tenho a mínima intenção de permitir que alguém, seja sombrio ou angel tente se rebelar e saia impune, então creio que esse foi um aviso significativo do que sou capaz de fazer com aqueles que desafiam meu poder e autoridade.

Sento-me novamente e acendo um cigarro, minha garganta ainda queima, meu peito ainda borbulha e minha visão continua nublada por uma névoa vermelha de raiva.

A tensão e o desespero se instala no jardim. Gritos assustados ecoam, louças e cadeiras são derrubadas e por mais que eu não ligue para esse tipo de confusão, hoje não estou conseguindo encontrar tranquilidade em meio ao caos, por isso grito uma ordem para que todos se calem.

Os angels me lançam olhares cautelosos, certamente desacostumados com esse tipo cru de violência, enquanto meus conselheiros mantém os olhos baixos e sentam-se rígidos em suas cadeiras sem coragem de me encarar, ao contrário de Zayn, que por ser meu amigo mais confiável se acha no direito de olhar para mim com um sorrisinho divertido, contudo, ao notar que meus olhos escurecem num aviso mudo de que se continuar tentando me provocar não hesitarei em ferí-lo, mesmo que levemente, o desgraçado apenas revira os olhos e deixa transparecer que continua de muito bom humor.

ENTRE O PARAÍSO E O INFERNO | l.sWhere stories live. Discover now