11. Acho Que Entendi

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Han Jisung




A ânsia de vômito voltou quando Minho parou o carro em frente aquele enorme prédio. Eu estava muito nervoso com a entrevista de emprego e aquele prédio era por demais intimidador.


Eu observei as pessoas entrando e saindo dele, com seus ternos de aparência extremamente cara e suas maletas de couro.


Contorci meu rosto em uma careta quando olhei para meu próprio corpo e analisei as roupas do Minho, que ficavam grandes em meu corpo.


Minho percebeu meu desconforto e insegurança e tratou de segurar a minha mão.

        

   
Encarei sua mão perfeitamente encaixada na minha e senti um arrepio subir por minha espinha.


— Eu sei que só o prédio assusta mas acredite, eu também fiquei assim a primeira vez que meu pai me trouxe para cá. Acredite ou não, até hoje me dá certo arrepio. — Sorriu tranquilizador.


— Nem parece um alpha. — Rimos e ele balançou a cabeça.


— Te garanto que na cama eu sou. — Piscou atrevido e beijou minha bochecha.


— Informação desnecessária. — Revirei os olhos mas apoiei minha mão em sua coxa.


— Preciso te avisar. — Aproximou mais o rosto. — Para quando decidir se entregar para mim não tome um susto. — Bufei audível e comecei a rir.


— Espero que não esteja realmente falando sério. — Tirei minha mão de sua coxa e apertei seu nariz.


— Talvez sim, talvez não. — Destravou as portas e saímos do carro. — Pronto para a aventura?


— Mais ou menos. Estou me sentindo um nada vendo todas essas pessoas importantes e elegantes. — Fez uma careta e me analisou de cima a baixo.


— Vamos passar na sua casa e esse problema será resolvido. — Deu tapinhas leves no meu ombro. — Mas quero deixar bem claro que não acho uma boa idéia, não deveríamos ir lá.


— Já conversamos sobre isso, Minho. E também... — Corei pela vergonha. — Eu tenho esperanças que minha família se arrependa e me peça para voltar. Isso é muito ruim? Eu ainda querer aprovação? Ter esperança de um arrependimento?


— Não quero que crie muitas expectativas, Hannie. — Passou os dedos por meus cabelos. — Eu sei como é ter tantas esperanças e depois ver como as coisas realmente são. — Deu de ombros. — Você não precisa se torturar assim.


— Eu sei mas não consigo evitar. — Assentiu lentamente e suspirou.


— Okay, vamos fazer como você quer. Afinal, você pode até estar dividindo o apartamento comigo mas eu não direito algum de me meter na sua vida.


— Que bom que compreende. — Sorri e ele retribuiu no mesmo segundo. — Então, acho melhor entrarmos logo...


— Uh, tem razão! — Riu parecendo sem graça e apoiou a mão nas minhas costas, me guiando para dentro do prédio.


Era imenso e realmente muito elegante. Me senti um intruso quando vi tantas pessoas cumprimentando o filho do chefe.


O que era bastante curioso, o olhar e a expressão totalmente séria que o mesmo mantinha no rosto era realmente curioso.


Eu vi algumas pessoas ficarem intimidadas e se ajeitarem para o receber, como se ele fosse algum tipo de celebridade ou personalidade importante.


— Sei o que está pensando. — Afirmou enquanto chamava o elevador. — Meu pai sempre diz que devemos manter um pose de profissionalismo e respeito.


— E eu deveria manter essa pose também ou é só para as pessoas importantes e elegantes? — Brinquei.


— Eu acho isso uma completa baboseira, mas aconselho que no começo assuma uma postura. Alguns colegas não serão agradáveis e vão tentar te prejudicar.


— Me prejudicar?


— Sim, se você tiver sucesso no que faz algumas pessoas vão colar em você e outras vão tentar te atrapalhar fazendo de tudo para que fracasse. Estou falando isso porque mesmo sendo o filho herdeiro de tudo isso, já tentaram.


— Uou! Estou começando a ficar realmente nervoso.


— Vou cuidar para que isso não aconteça.


— Mas não acho que aconteceria... — Murmurei e o elevador parou.


— Sim, vai acontecer. Eu tenho certeza que vai se sair muito bem. — Sorriu e eu analisei seu rosto, em busca de alguma coisa que indicasse sinal de brincadeira ou ironia.


"Nada."


"Ele realmente acredita que eu posso?"


— Só uma última coisa... — O elevador abriu as portas e demos de cara com uma porta de vidro escuro. — Meu pai pode ser um pouco... — Pareceu procurar palavras. — Invasivo. — Assenti relutante. — Então não deixe que ele tente te fazer perguntas não profissionais e propostas desagradáveis. — Arregalei os olhos. — O rejeite e ele vai entender. Ele é muito cheio de si, só precisa que você o mostre que para você ele não é nada.


— Mas por que está falando isso? E que tipo de propostas?


— Acho que vai descobrir assim que começar sua entrevista. — Assenti temeroso. — Eu vou entrar com você, mas não estou permitido a falar absolutamente nada. Não deixe que ele intimide você. — Assenti com firmeza e ele abriu a porta.


— Quantas vezes eu já falei que tem que mostrar um pingo de respeito e bater na... — Me assustei mas o mesmo se interrompeu ao nos ver. — Oh, são vocês. Entrem! — Sorriu simpático.


— Trouxe Jisung para a entrevista. — Minho apontou e o senhor me analisou de cima a baixo.

          
Seus olhos analisaram cada parte do meu corpo e vi seus lábios darem forma a um sorriso malicioso.


"Acho que entendi o que Minho quis dizer."


...

Heey, espero que estejam gostando ♥

+10 comentários e eu volto :)

Lightning | Versão Minsung | M.Preg ✔Where stories live. Discover now