A morte pode ser caracterizada como o fim da condição humana e das funções vitais, sociais e psíquicas do ser e como um dado essencial da existência humana.
Mas também pode ser visto como um ser que leva as almas para o caminho entre o lado bom...
RAVEN ESTAVA tensa, desde o ocorrido na floresta Seth a deixou em sua casa e não a ligou ou mandou mensagem, ela estava nervosa, se questionava o que era tudo aquilo, claro que ela sabia que haviam seres sobrenaturais naquela cidade, mas não esperava que o garoto com quem estava saindo seria um desses seres, ela apenas queria que uma coisa em sua vida fosse normal. Ela checava seu telefone a cada minuto esperando uma mensagem do garoto, a garota já havia desistido de olhar frustrada por não encontrar nada, ela estava tão radiante antes, feliz por finalmente achar alguém que valesse a pena, mas aparentemente estava perdendo isso, e tinha que superar afinal, talvez ele não estivesse pronto para alguém em sua vida, ela achava que ele pensaria que ela seria um peso para ele proteger de tudo, ela não queria isso, e também ela sabia que seres como Seth tinham imprints e se ele a achasse a esqueceria logo. A garota corria pela trilha da floresta que dava até sua casa, eram cerca de cinco e meia da manhã, ela não conseguia dormir, todas as vezes que fechava os olhos pesadelos a assombravam o que não acontecia desde que conheceu Seth, mas aparentemente aquilo tinha voltado, ela ultimamente estava passando bastante tempo na casa de Raksa junto de Benjamin eles juntos estavam fazendo uma arma para matar a bruxa que assombrava Raven, ela não via a hora daquilo acabar.
"Terça, vem Marianne, quarta ela se alegrou, quinta ela se casou, sexta, bruxa virou, sábado ela foi levada, domingo ela foi julgada, segunda foi sepultada"
"Terça, vem Marianne, quarta ela se alegrou, quinta ela se casou, sexta, bruxa virou, sábado ela foi levada, domingo ela foi julgada, segunda foi sepultada"
"Terça, vem Marianne, quarta ela se alegrou, quinta ela se casou, sexta, bruxa virou, sábado ela foi levada, domingo ela foi julgada, segunda foi sepultada"
A garota ignorava a cantoria irritante que soava em sua cabeça, tentando ficar somente a sua pequena corrida, ela não queria ficar naquela música irritante que nem fazia sentido, de quem eram aquelas vozes? Por que estavam cantando para ela? O que ela tem haver com Marianne? São tantas perguntas e nenhuma resposta. A garota sempre tentava usar a nicotina para se acalmar ou parar de pensar, ela começou a fumar a um ano, quando tinha dezesseis, e alguns meses atrás começou a tomar remédios controlados indicados pela sua terapeuta nova, o remédio juntamente com a nicotina a causava sono e lentidão, mas ela não pensava em parar precisava daquilo.
"Terça, vem Marianne, quarta ela se alegrou, quinta ela se casou, sexta, bruxa virou, sábado ela foi levada, domingo ela foi julgada, segunda foi sepultada"
Raven não sabia o por que, mas se sentia observada, a garota olhou em volta e viu um gato preto a olhando na árvore e um corvo mais a cima, ela revirou os olhos notando quem era e riu seguindo seu caminho de volta para sua casa, com os animais a seguindo.
[...]
_____E QUANDO você vai apresentar o garoto para gente querida?_____A mãe de Raven questionou a filha a olhando.
_____Eu não sei mãe, ele tem tido muitos problemas ultimamente.
_____Problemas,que tipo de problemas um adolescente pode ter_____O pai da garota disse enquanto lia seu jornal.
_____Todo mundo tem problemas pai_____A garota disse se levantando indo até a escada da casa.
_____Parabéns querido_____Megan falou fazendo o marido ficar confuso.
_____O que eu fiz?
_____Tenta descobrir sozinho maninho_____Eloise falou saindo da cozinha também.
_____Você tem que pensar antes de falar papai, é o que a mamãe fala para eu fazer_____Casey disse para o pai que acariciou os cabelos da mais nova.
_____Eu vou lembrar disso carinõ.
_____É bom_____A loira disse voltando a comer sua comida.
[...]
SOZINHA era como Raven se sentia sem Seth, ele a trazia um sentimento tão bom e aconchegante, os braços dele a ajudavam a se esquentar do frio, ela odeia o frio, é tão ruim e desconfortável ao contrário do garoto que é quente e tão confortável, ela adora ele, adora seu sorriso, seus braços, o modo como ele a abraça, como ele sempre tenta a fazer se alimentar, ele é tão bom para ela, e talvez não volte mais. Por que ele ficaria afinal? Ninguém ficava, ninguém nunca ficou, ela sempre acabava sozinha em seu quarto chorando enquanto lembrava do quão estúpida ela é em pensar que alguém um dia a amaria de uma maneira tão pura e acolhedora, como poderiam afinal, ela nunca deu a chance para ninguém amar ela, para alguém se apaixonar por ela, a garota sempre afastou todos de si. O escuro cercava o quarto de Raven enquanto ela olhava para um canto específico onde tinha um par de olhos a espreitando, é claro que aquilo não tinha acabado, ela ainda era amaldiçoada no final das contas, sempre seria, não tem nada que possa salvar a alma da pobre garota, nem um amor ou um poder, nada pode salvar alguém amaldiçoada. A família de Raven era a única coisa que sobrava para salvar a garota, mas e se eles não conseguissem, e se ela morresse sozinha, e se ela nunca mais tivesse paz, e se ela se perder na escuridão, e se aquela figurinha em seu quarto decidir a matar naquele momento, era fácil, Raven estava paralisada com medo de tudo, ela era uma presa extremamente fácil.
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