CAP. 13

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Eu estava mergulhado em um mar escuro, sendo puxado pelos pés e acorrentado pelas mãos ao ouvir as palavras daqueles dois homens, que se encontravam do outro lado da porta, conversando logo na cena do crime e totalmente sem remorsos

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Eu estava mergulhado em um mar escuro, sendo puxado pelos pés e acorrentado pelas mãos ao ouvir as palavras daqueles dois homens, que se encontravam do outro lado da porta, conversando logo na cena do crime e totalmente sem remorsos. Jungkook tentara me tranquilizar segurando minha mão, enquanto ainda espiava, como se fosse uma criança travessa em busca de um tesouro.

Os dois homens não mais se pronunciaram, apenas deram uma risada abafada antes que eu ouvisse a porta de entrada se fechar. Inspirei e espirei, percebendo que havia prendido a respiração durante aquele momento, cujo pareceu durar milênios.

— Jungkook! — exclamei seu nome assim que ele abriu a porta da dispensa com certa voracidade em direção ao lado de fora da casa, em busca daqueles que entraram. — Jungkook, você ficou louco? — murmurei ao que me aproximei do moreno, que estava no corredor de entrada. — E se eles estivessem armados, você faria o que?

Jungkook mordeu o interior de sua bochecha direita e respirou profundamente, pousando ambas mãos em sua cintura ao me olhar.

— Devia ter gravado, eu não consegui fazer nada. — sussurrou irritado ao fechar a porta e trancá-la.

— Se eles foram audaciosos ao ponto de vir à cena do crime uma vez, certamente virão uma segunda. — coloquei as mãos nos bolsos da calça. — Geralmente, essas pessoas estão mais próximas do que imaginamos.

— Diz isso por que já viu acontecer?

— Tecnicamente, sim. — o único lugar que eu havia visto tais coisas eram em séries e filmes, já que nunca trabalhara na área. — Eu também não pude fazer nada além de ficar com medo. — admiti. — Me desculpe por isso.

Jungkook, diante da minha fala, apenas suspirou.

— Vamos visitar o suspeito do crime e comer depois, o que acha? — assenti, com os lábios contorcidos em um leve sorriso e o segui pela calçada.

Nossos passos, diferente dos demais, eram apressados e silenciosos. Pareciam querer fugir do fardo que o destino insistia em nos fazer carregar. Jungkook ainda estava irritado pelo o que aconteceu há pouco, eu conseguia perceber — mesmo que ele estivesse de costas —, que seu cenho estava franzido e seus lábios, contorcidos. As mãos nos bolsos da calça social escura deviam estar cerradas, e vez ou outra ele disfarçava passando a mão em seus fios e olhando para o lado.

Apenas cinco degraus de uma larga escada de mármore nos separava do suspeito, que eu preferi chamar, após ouvir aquela conversa, de o incriminado. Jungkook velozmente cortou essa distância e eu o acompanhei. Ao atravessarmos a porta de vidro do presídio, nos deparamos com alguns policiais, uns estavam anotando depoimentos das vítimas, outros haviam acabado de chegar com indivíduos algemado para pô-los em celas, e outros zelavam pela segurança do local.

Bastou que Jungkook mostrasse sua carteira de advogado para que os policiais abrissem um sorriso e permitissem nossa entrada. À priori, aquele que nos guiou até a cela do incriminado, não parou de elogiar o trabalho de Jeon, que apenas sorriu em agradecimento.

𝖺 𝗅𝖾𝗂 𝖽𝗈 𝖺𝗆𝗈𝗋Where stories live. Discover now