Capítulo 16- Coroa de Espinhos

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Desde o início dos tempos o continente de Xaoha foi abitado, comandado e liderado por centenas de reis e centenas de mestres, todos com o mesmo propósito, manter a paz entre Jaroak e Norteya

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Desde o início dos tempos o continente de Xaoha foi abitado, comandado e liderado por centenas de reis e centenas de mestres, todos com o mesmo propósito, manter a paz entre Jaroak e Norteya. Agora, homens, mulheres, crianças, idosos e até mesmo os reis e mestres, morrem de uma forma impiedosa e injusta, de maneira intencional em busca de uma conquista. Mesmo tendo passado cinco anos de guerra, tudo aquilo era apenas o começo.

A guerra é uma tragédia de proporções devastadoras, marcada pela destruição, sofrimento e perda de vidas humanas. Ela traz consigo um custo incalculável em termos de vidas inocentes e laços culturais desfeitos. As batalhas não apenas ceifam vidas, mas também deixam cicatrizes profundas nas gerações futuras, afetando comunidades inteiras e causando um sofrimento duradouro. A guerra não só estava privando as pessoas de suas vidas, mas também privando-as de oportunidades, estabilidade e esperança. A busca por poder, era motivo de mortes.

As tropas de Jaroak já possuíam estadia em metade de Hakyan, o primeiro reino de Norteya. Isso significava a breve vitória de Jaroak contra os norteyanos, mas agora Norteya possuía um novo rei, um psicopata ansioso por poder no domínio de um dragão.

Já em Jaroak, Nyeho por parte ainda se encontrava no poder, seus discursos sangrentos abalaram grande parte dos jaroaks, visto que são um povo religioso e que vivem pela glória de Xaoha, mas também mudava as mentes dos solidários e os transformavam em fanáticos pela guerra. Em uma pequena cidade ao sul, uma rebelião começava aos poucos, famílias destruídas pela guerra se juntavam e planejavam a retirada de Nyeho do poder.

Com falta de ar, com o corpo sangrando, desmaiado e totalmente mutilado, Kanor Xaoha se encontrava aprisionado em um poste. Era noite, madrugada, o céu e as estradas nunca estiveram tão escuros. Kanor estava sozinho, acordado, mas sem poder se mover. Seus amigos estavam aprisionados dentro do estabelecimento à sua frente, um pequeno bar. Tornando-se para a lua, ele começou a tentar entender por que tudo aquilo tinha acontecido. Kanor sentia dor em todo seu corpo, o sangue seco em sua pele o dava sensação de morte.

Após o ataque de ladrões, os jovens tinham percorrido para a primeira cidade depois da fronteira, e assim que adentraram pares de olhos intrusivos os seguiram, e não demorou muito tempo para que eles fossem abordados pelos cabelos brancos. Sem chance alguma de defesa, todos eles foram brutalmente contidos e aprisionados, Kanor que dizia ser o verdadeiro descendente enquanto era espancado, foi separado dos outros e exclusivamente mutilado. Em público, em um centro de vendas, ele foi exposto e humilhado. Agora, Kanor olhando para a lua, se perguntava se tudo aquilo um dia faria sentido, se aquela jornada o levaria realmente ao poder de Jaroak.

Ao amanhecer, pessoas começaram a andar pelo local, todas rindo e apontando, com um julgamento notável pelo olhar.

—Eis aqui um traidor, um usurpador medíocre! Como ousas insinuar que o mestre não é de um líder fiel. Ele nos libertou de Fintari Xaoha, o pior mestre de toda história. Agora, estamos vencendo a guerra. Pela glória de Xaoha!

A Guerra de XaohaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora