XVII

217 24 3
                                    

Acordei na manhã seguinte sentindo muita dor nas minhas articulações, por causa dos acontecimentos de ontem. 

Joel cumpriu sua promessa. 

Ele ficou comigo a noite toda e me abraçou até que os raios de sol aparecessem pelas janelas do quarto. 

Ainda não consegui absorver tudo, saio da cama e vou até o banheiro, não queria olhar no espelho e ver como estou, mesmo que Joel tenha me dito que não parecia tão ruim, eu sei que não é verdade. 

A dor de cabeça só provava que eu estava certa, tomei coragem de olhar no espelho, e ofeguei. 

Levei as mãos a boca quando tive um vislumbre de como eu estava.

Vários hematomas cobriam um lado do meu rosto, indo da minha bochecha até o queixo. Tinha um pequeno corte no topo da minha cabeça, provavelmente de quando eu bati com ela na parede. Meus braços estavam com hematomas menores e eles estavam ficando arroxeados. 

- Meu Deus - Ofeguei, limpando as últimas lágrimas que escapavam dos meus olhos. Não acredito que Chad me deixou assim. Depois de todos esses anos sendo gentil com ele, foi desse jeito que ele retribuiu. 

È horrível, e por mais que eu queira ligar pra polícia, eu não podia. A família de Chad é influente, e eu já vi o que eles são capazes de fazer com outras mulheres. O pai dele ia falar o quanto eu tinha gostado disso, e em como Chad só estava me dando o que eu queria, que eu tinha pedido pra ele entrar. 

Algo assim iria aparecer no jornal, já que Chad é herdeiro de uma família influente, e eu nunca ia deixar um incidente como esse estragar o meu futuro. Uma coisa assim ia fazer com que a minha faculdade me expulsasse. 

Estando tão perto da formatura, eu não posso permitir que meu futuro seja destruído. 

Não importa o quanto eu queira que ele pague por isso. 

- Babe? - A voz de Joel me pegou desprevenida, forço um sorriso no rosto e saio do banheiro, encontrando ele no meio do quarto. 

O olhar dele era triste, mas ele estava com uma sacola de comida e uma bandeja com café e suco. O fato de Joel ter se esforçado pra me trazer comida fazia o meu coração disparar. 

- Você saiu pra comprar o café da manhã? - Perguntei, tentando tirar a atenção dele das marcas no meu corpo. 

- Sim, eu imaginei que você iria querer se acalmar hoje. Então eu pensei em comprar comida e filmes - Ele respondeu, colocando um sorriso no rosto. 

Me aproximo dele, e entrelaço minhas mãos nas dele com força, me encosto no peito dele sorrindo, e o beijo. 

- Isso parece maravilhoso, obrigado. 

- Você não precisa me agradecer - Ele colocou as sacolas e as bebidas na cômoda. Me beijando de novo e envolvendo os braços dele na minha cintura, me puxando pra mais perto. 

- Mas eu agradeço - Suspiro, olhando pro chão, com vergonha - Eu não fiz nada além de causar problemas pra você, e eu me odeio por ter deixado isso acontecer na sua casa. 

As palavras escaparam, mas parece que ele não estava prestando atenção. 

Ele levantou meu queixo com um dedo e me forçou a olhar nos olhos dele. 

- Você é minha, por isso me preocupo. Nunca pense que você é um fardo pra mim. 

Mesmo querendo chorar, me segurei. Porque, quanto mais eu ficasse chateada, mas Chad estava ganhando. 

Não posso continuar me afetando com isso, eu tenho que ser forte e mostrar que eu não iria ser afetada por isso. 

- Ah, eu ia te falar que seu pai te ligou mais cedo. Eu não atendi o telefone, mas ele tava tocando. Você estava tão cansada, eu não queria te acordar - Joel falou, mudando de assunto. 

Summer Submission - Imagine Joel MillerWhere stories live. Discover now